Coach de burnout ganha espaço nos EUA, mas precisa de regulamentação

Quando Karen Schiro, uma corretora de imóveis em Fairfax Station, na Virginia (EUA), percebeu no ano passado que estava com burnout, ela procurou a coach Ellyn Schinke, que mora a 4.500 quilômetros de distância, em Tacoma, no estado de Washington.

"Eu sabia que estava esgotada e simplesmente não sabia como vencer isso", disse ela.

Durante seis meses de chamadas de vídeo semanais, a corretora de 45 anos aprendeu a reduzir as suas tarefas que a sobrecarregavam.

Fazer mudanças como adicionar uma linha em sua assinatura de email dizendo que ela não responde a mensagens enviadas após as 18h parecia "coisas bobas", disse Karen, mas foi preciso o ponto de vista de um estranho para identificar esses ajustes.

"Quando você está com burnout, é difícil pensar nessas coisas e iniciá-las", afirmou Karen.

Mesmo antes da pandemia de Covid-19 alterar a rotina dos trabalhadores, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu o burnout como uma doença. Em 2023, definiu as características desse tipo de estresse crônico no local de trabalho como exaustão, cinismo e ineficácia —todos atributos que tornam difícil para as pessoas se recuperarem por conta própria, disse Michael P. Leiter, professor emérito da Universidade Acadia, na Nova Escócia, que estuda o burnout.

"É difícil, nesse ponto, se reerguer sozinho", comentou o professor. "É realmente útil ter uma opinião secundária ou algum apoio emocional."

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É neste momento que entra o coach de burnout. Atuando em uma área cinzenta entre a psicoterapia e o coaching de carreira, e sem credenciamento e supervisão formais, o "coach de burnout" pode ser uma palavra da moda fácil para se qualificar. Basicamente qualquer pessoa pode usá-la.

Como resultado, mais pessoas estão se promovendo como "coaches de burnout" nos últimos anos, afirmou Chris Bittinger, professor assistente clínico de liderança e gerenciamento de projetos na Universidade Purdue, que estuda o esgotamento. "Não há barreira de entrada", disse.

Tornar-se lucrativo é outra questão. Quando Rhia Batchelder, residente em Denver, começou uma carreira como coach de burnout em 2023, ela viveu de suas economias no início, complementando sua renda com trabalhos jurídicos autônomos e passeios com cachorros enquanto aprimorava suas habilidades de vendas e marketing.

"O coaching em geral é uma indústria pouco regulamentada", afirmou Rhia. "Passei provavelmente centenas de horas pesquisando sobre esgotamento."

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