Marçal vende messianismo, bolsonarismo e o seu aerotrem

A sabatina Folha/ysoke com o influenciador Pablo Marçal ofereceu ao eleitor paulistano uma mistura peculiar de voluntarismo messiânico, bolsonarismo e teleféricos —sua pegada 2024 para o antigo aerotrem do falecido fundador do seu PRTB, Levy Fidelix.

Começando pelo fim: entrava e saía eleição e lá estava Fidelix (1951-2021) prometendo o tal do trem suspenso como solução para as mazelas urbanas do país. Com desassombro, Marçal falou o mesmo de teleféricos, do turismo para favelas fracassado ao estilo Complexo do Alemão (RJ) a forma de desafogar rodovias.

Foi o mais próximo que ele chegou de uma proposta na conversa. Nela, alheio a políticas públicas, ele mostrou-se disposto a fazer de São Paulo um laboratório de seus programas motivacionais, adotando conceitos não muito claros sobre prosperidade a partir da espiritualidade, "destravar a escassez" e quetais.

Para Marçal, é preciso "mudar a cabeça do povo". Não todo mundo: ele considera que 3,5 milhões de paulistanos estão perdidos porque, subnutridos, não têm correto "desenvolvimento cerebral". Afirmou que esses têm de ser objeto de assistencialismo, assim como os supostos africanos, americanos e gaúchos a quem ele diz ter ajudado.

Há público para a retórica, como os 11,5 milhões de seguidores de Marçal no Instagram e a fortuna declarada por ele de R$ 96 milhões provam. Com efeito, ele é hoje o principal elemento exógeno da disputa em São Paulo, embolado no terceiro posto, segundo o Datafolha.

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