Dólar fecha em R$ 5,44 e Bolsa avança com dados de inflação dos EUA abaixo do esperado

O dólar fechou em queda firme de 0,90% nesta terça-feira (13), aos R$ 5,448, com números de inflação ao produtor nos Estados Unidos e novas falas de membros do BC (Banco Central) de pano de fundo.

Já a Bolsa brasileira avançou 0,98%, aos 132.397 pontos, maior patamar de fechamento desde 8 de janeiro. O pregão também foi embalado por mais um dia de balanços corporativos, com Natura e CSN entre os destaques, e pelo viés positivo de Wall Street.

A inflação ao produtor dos Estados Unidos (PPI, na sigla em inglês) veio abaixo do esperado nesta terça-feira. O indicador —um termômetro para o custo de vida das famílias nos próximos meses— avançou 0,1% em julho, ante projeção de 0,2% de economistas consultados pela Reuters.

Em 12 meses, o PPI teve alta de 2,2%, depois de ter subido 2,7% em junho.

Os números reforçam o argumento de que a inflação está cedendo em meio ao ciclo de aperto monetário do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), em um momento em que os investidores se mantêm atentos a qualquer sinalização sobre a taxa de juros norte-americana.

"Acho que no front externo o PPI ajudou e aliviou o dólar... isso em movimento global. Me parece um movimento bem alinhado", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

A expectativa, agora, é pela inflação ao consumidor dos EUA, medida pelo CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês). Os dados serão divulgados nesta quarta-feira.

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Agentes financeiros dão como certo o início do afrouxamento na taxa de 5,25% e 5% pelo Fed na próxima reunião de política monetária, em setembro, ainda que a magnitude do corte seja incerta. As apostas medidas pela ferramenta CME Group FedWatch projetam que há chances praticamente iguais de redução de 0,25 ou 0,50 ponto percentual.

Na semana passada, o de maior tamanho chegou a ser consenso entre os investidores em meio a temores de recessão na maior economia do mundo, após a divulgação de dados de emprego mais fracos do que o esperado em julho. Essa perspectiva arrefeceu com números mais favoráveis e falas apaziguadoras de autoridades do Fed.

Em tese, quanto mais o banco central dos EUA reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo para investidores estrangeiros, gerando um redirecionamento de capital para locais com ativos mais rentáveis, como o Brasil.

Com o apetite por risco estimulado, os índices acionários de Wall Street fecharam em alta. Dow Jones avançou 1,04%, S&P 500 subiu 1,68% e Nasdaq, 2,43%.

Na cena doméstica, autoridades do BC participaram de eventos nesta terça. O presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, compareceu a uma audiência pública na Câmara dos Deputados pela manhã e afirmou que não houve uma "disfuncionalidade grande" que justificasse intervenção no momento de forte alta do dólar nos últimos meses.

Campos Neto ainda rebateu as críticas, que vieram particularmente do governo, afirmando que a decisão do Banco Central sobre a não-intervenção foi tomada de maneira colegiada e acrescentou que o diretor responsável pelo setor na instituição foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —no caso, Gabriel Galípolo, favorito para assumir a presidência da autarquia após a saída do atual mandatário.

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