Projeções falham, e ultradireita consegue apenas 5 cadeiras no Parlamento britânico

Na contramão de outros países da Europa, o Reino Unido não viu o seu partido de ultradireita, o Reform UK, avançar como projetavam pesquisas de intenção de voto, como apontam os resultados das eleições divulgados nesta sexta-feira (5). A sigla conseguiu apenas 5 assentos no Parlamento, desempenho bem distante de estimativas que previam de 13 a 15 cadeiras.

As sondagens indicavam que o Reform UK, liderado pelo polêmico Nigel Farage, teria de 14% e 20% das intenções de voto. Nesse caso, os institutos acertaram, pois a sigla teve 14,3% dos votos, de acordo com a apuração, praticamente concluída, pois faltava, até a última atualização deste texto, a definição de apenas 1 dos 650 distritos eleitorais.

A discrepância entre a votação geral e o número efetivo de assentos conquistados se deve ao sistema eleitoral do Reino Unido, o chamado distrital puro. Como cada membro da Câmara dos Comuns é eleito em uma disputa interna dentro de cada distrito, é importante os partidos terem representatividade em todo o território britânico. Não basta obter muitos votos em um distrito específico e poucos na maioria dos demais.

Pequeno e sem estrutura nacional, o Reform UK não conseguiu desempenho suficiente para converter seu percentual de votos gerais em uma parcela proporcional de cadeiras no Parlamento. Como comparação, os liberais-democratas obtiveram menos votos gerais que a ultradireita, com 12,2%, mas seu aproveitamento em distritos conquistados foi muito maior, dando-lhes 71 cadeiras, o que os consolida como terceira maior força política do país.

Por outro lado, não fosse o anticlímax diante da projeção das pesquisas, o Reform UK tem o que comemorar em relação ao pleito anterior, em 2023, quando não conseguiu nenhum assento. E um dos cinco novos parlamentares é justamente seu líder, Farage. Ex-membro do Parlamento Europeu, ele havia fracassado em sete candidaturas anteriores para o Legislativo britânico.

Com uma agenda anti-imigração radical, a sigla está à direita do Partido Conservador do agora ex-primeiro-ministro Rishi Sunak —que renunciou ao cargo após os britânicos darem vitória ao Partido Trabalhista do novo premiê, Keir Starmer.

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