Campanha de Claudio Castro abasteceu carros da campanha em postos de grupo empresarial com contrato suspeito com o governo

Dez dos 12 postos de gasolina que abasteceram carros da campanha à reeleição do governador Cláudio Castro (PL) nesse ano pertencem ao mesmo dono. Ao todo, o governador eleito gastou quase 💥️R$ 500 mil nos postos de 💥️Fernando Trabach Gomes, empresário que já confessou participação em um esquema criminoso.

Na declaração feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre a compra de combustíveis, a campanha de Cláudio Castro informou o gasto de 💥️R$ 478 mil para comprar cerca de 70 mil litros de diesel.

Todos os pagamentos foram feitos no mesmo valor: 💥️R$ 39,9 mil. O caso revelado pela Revista Veja e confirmado pelo 💥️RJ2, revelou que todas as declarações dos gastos com combustíveis também foram feitas no mesmo dia 15 de agosto.

O dinheiro da venda de combustíveis não é a única verba pública recebida pelo grupo empresarial ligado a Fernando Trabach. A família é investigada desde 2013 pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ).

Uma das empresas ligadas ao grupo venceu uma licitação do Governo do Estado para realizar obras no interior do Rio de Janeiro. Contudo, na hora de apresentar um relatório sobre a entrega do serviço, a empresa utilizou fotos de banco de imagens na internet.

Cláudio Castro — Foto: g1 1 de 1 Cláudio Castro — Foto: g1

Cláudio Castro — Foto: g1

A Secretaria de Agricultura e Pesca do Rio de Janeiro contratou a empresa Limpar com o objetivo de alugar equipamentos para a limpeza, conservação e manutenção de estradas em Itaperuna e São José de Ubá, no Norte Fluminense.

A prestação do serviço levantou suspeitas depois que a empresa apresentou um relatório fotográfico com imagens encontradas em bancos de fotos na internet.

Em uma das imagens, a empresa apresentou uma foto de uma propaganda de uma montadora de ônibus. A foto está em um site de busca de imagens. A mesma manobra foi feita em relação a uma grade aradora. A foto não mostra se o trabalho foi feito nas estradas. A imagem também está disponível em um banco de fotos na internet.

Os moradores das regiões cortadas pelas estradas da empresa Limpar contam que nunca viram esses equipamentos por lá.

Apesar das suspeitas, o contrato entre o Governo do Estado e a empresa da família Trabach conseguiu um reajuste. O grupo empresarial, que tem uma série de postos de combustível, alegou que o aumento do valor era necessário por conta do alto preço dos combustíveis.

O custo inicial que era de R$ 3 milhões, com o aditivo, 💥️passou para mais de R$ 4 milhões. O aumento não foi a única movimentação suspeita na contratação. O processo teve início em 2023, mas a licitação foi encerrada depois que uma série de irregularidades foram encontradas.

Somente dois anos depois, a operação foi concluída. Nesse espaço de tempo, uma outra empresa fez a melhor oferta, mas acabou impugnada pelo Poder Executivo. Em seguida, a empresa ligada a família Trabach conseguiu fechar o contrato milionário.

Oficialmente, a dona da empresa Limpar é Mônica Lima Barbosa, mulher de Fernando Trabach. Ela também é investigada pelo MP por integrar a organização criminosa. Ao órgão, Mônica chegou a dizer que não tinha trabalho, mas depois confessou ser sócia de várias empresas que, na realidade, pertenciam a Fernando.

O grupo familiar é acusado de fraudar licitações e lavar dinheiro para obter vantagens financeiras milionárias. Trabach também responde a um processo na justiça do Rio por 💥️lavagem de dinheiro, além de outros casos que investigam suposta 💥️participação em organização criminosa, declaração tributária falsa e falsidade ideológica.

Segundo a investigação do MP, Fernando tinha sócios laranjas, como filhos, ex-mulher e até a mãe. Entre os sócios, um deles foi apontado como fantasma.

Em nota, a Secretaria de Agricultura informou que os serviços da Limpar foram suspensos em março, quando foram feitos os últimos pagamentos. Sobre o reajuste, o órgão disse que não foi assinado e que o contrato venceu em agosto.

A campanha do governador informou que não recebeu doações para a compra de diesel e que os serviços geraram notas fiscais que serão apresentadas à Justiça Eleitoral e que a despesa total foi de R$ 307 mil em vez dos R$ 478 mil estimados pela campanha.

A equipe do governador disse ainda que a escolha dos postos se deu por uma logística planejada para o deslocamento das equipes. Segundo a campanha, não há ilegalidade nas contratações e as empresas são legais, além de oferecerem os valores de mercados regulados pela Agência Nacional de Petróleo.

Já a Limpar declarou que fez manutenção nas estradas entre agosto do ano passado e março deste ano e que a natureza desse serviço não é definitiva, como um asfaltamento. A empresa disse ainda que o tráfego e as chuvas fazem com que as condições do trabalho mudem.

A empresa ressaltou que em abril pediu a rescisão do contrato por conta do aumento no preço de insumos, equipamentos e combustíveis.

A TV Globo não conseguiu contato com o empresário Fernando Trabach.

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