Alunos da rede estadual de SP ficam sem ir à escola por falta de transporte; governo não assinou contratos com prestadores, diz
Cerca de 6 mil crianças de escolas estaduais em São Paulo estão sem frequentar as aulas por falta do transporte escolar gratuito.
Segundo o sindicato das empresas de transporte escolar, a Secretaria Estadual da Educação não assinou contratos para a prestação de serviço. O sindicato aponta que o pregão para a contratação das empresas terminou em janeiro e 25 contratos ficaram pendentes.
"A administração pública se recusa a assinar o contrato alegando que os valores estão em desacordo, valores esses que ela mesma indicou no inicio do processo licitatório", afirma Jaime Baptista Junior, advogado do Sindicato das Empresas de Transporte Escolar do estado de SP.
Um dos alunos afetados pelo problema é o Daniel, de 7 anos, que mora com no Jardim Palanque, em São Mateus, na Zona Leste de capital. Ele estuda em uma escola que fica a cerca de 3 km de casa e tem direito ao transporte escolar gratuito.
"A Secretaria [da educação] diz que tá no contrato emergencial, porém para capacidade de 30% dos alunos, que tá conseguindo em um ônibus só, mas o meu tá fora. Não tem transporte, até eles dá uma resposta e eu vê o ônibus rodando não tem, meu filho tá sem estudar. ", afirma Romilda Silva da Costa Jesus, mãe de Daniel.
O Bruno, de 16 anos, é cadeirante e precisa do transporte para frequentar as aulas do segundo ano do ensino médio. Segundo a mãe de Bruno, desde agosto do ano passado, ela tenta uma vaga no transporte escolas, mas sem sucesso.
"Não adianta pegar ônibus porque desce do ponto e para ir até a escola tem uma ladeira muito grande. Eu não dou conta de empurrar ele na subida e trazer na descida, não tem condições", afirma a dona de casa Maria Aparecida Nicomedes.
Segundo o secretário executivo da Secretaria da Educação do Estado, o governo resolveu a maior parte dos contratos pendentes e os alunos devem ter o transporte disponível até semana que vem.
"Vários deles apresentaram avaliação, acréscimo muito além do que a gente entendia ser razoável, ou seja, muito além da inflação, muito além da variação dos combustíveis e a gente começou a estudar para ver exatamente o que estava acontecendo, afinal de contas estamos falando de dinheiro público, dinheiro público precisa ser alocado e gasto de uma forma responsável", afirma Vinicius Mendonça Neiva, secretário executivo da Educação.
O secretário executivo da Secretaria da Educação disse também que foram oferecidas aulas pela internet para os alunos que ainda não conseguiram a vaga no transporte escolar.
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