Por que as ações da C&A são fashion, segundo o BTG Pactual
(Imagem: Divulgação/C&A/Facebook)
O 💥️BTG Pactual iniciou a cobertura da 💥️C&A 💥️(CEAB3), uma das maiores redes de 💥️moda do Brasil, com uma visão bastante otimista da empresa. Sua recomendação é de compra, e o preço-alvo para 2023 foi determinado em R$ 23. O valor representa um potencial de valorização de 34% sobre o preço de R$ 17,15 em que a análise se baseou.
“Por mais de 40 anos, a empresa tem sido uma das poucas redes estrangeiras de moda a fazer negócios bem-sucedidos aqui”, afirma o relatório assinado pelos analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi. A dupla lembra que a empresa viveu uma reestruturação recente e queda nas primeiras linhas do balanço, mas, agora, “vem melhorando sua execução e lançou os pilares para se expandir no Brasil.”
O BTG Pactual sustenta sua visão positiva em alguns fatores, como uma extensa rede de 283 lojas, visibilidade da marca junto aos consumidores e os resultados positivos da reestruturação iniciada em 2015.
O banco afirma, ainda, que tudo isso permitiria que a C&A alcançasse os principais concorrentes em alguns anos, seja no número de lojas físicas, seja no segmento de serviços financeiros, no qual mantém uma joint-venture com o 💥️Bradesco 💥️(BBDC4) para a emissão de cartões de crédito que já conta com mais de 5 milhões de clientes ativos e uma carteira de R$ 3 bilhões.
Resistência
Fundada na Holanda em 1841, a C&A chegou ao Brasil em 1976. Apesar de todos os altos e baixos da economia local, transformou-se na segunda maior rede de varejo de roupas do país, com cerca de 5% de participação de mercado, segundo o BTG Pactual. A 💥️Lojas Renner 💥️(LREN3) lidera o setor, com cerca de 7% de share.
Os analistas lembram que o histórico de atuação, no Brasil, de marcas estrangeiras de vestuário é negativo. Por isso, a resiliência da C&A é um de seus méritos. “Vemos, sobretudo, histórias de fracasso de varejistas internacionais, por isso a C&A é uma exceção, ao desenvolver uma marca forte nas décadas recentes”, afirma o relatório.
Participação de mercado das varejistas de vestuários no Brasil
(Fonte: BTG Pactual)
A autonomia da subsidiária brasileira para desenvolver suas próprias coleções, adequando-as ao gosto local, a capacidade de oferecer peças que estão na moda a preços atrativos e o forte investimento em marketing são alguns motivos listados pelo BTG Pactual para a longevidade da C&A no país.
Por último, o potencial de expansão da empresa no 💥️e-commerce não poderia faltar. Como todos os varejistas, a C&A também precisa mostrar ao mercado qual é a sua proposta para esse canal de vendas. Neste sentido, o BTG Pactual observa que a participação das vendas online ainda é muito pequena, representando apenas 2% da receita da empresa no Brasil.
Os analistas lembram que a disputa no mercado de e-commerce se concentra em gigantes como a 💥️B2W 💥️(BTOW3), o 💥️Mercado Livre e o 💥️Magazine Luiza 💥️(MGLU3), mas destacam que ainda há espaço para competidores de nicho – caso do segmento de roupas. “No caso da C&A, enxergamos a empresa com uma proposta de valor atraente, baseada em sua extensa rede de lojas para criar uma experiência multicanal para os consumidores”, afirma.
O BTG Pactual não está sozinho no otimismo com a C&A. Recentemente, a 💥️Bloomberg informou que a 💥️Verde Asset, uma das mais respeitadas gestoras do país, 💥️também aposta no papel desde o começo do ano, quando houve o seu IPO.
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