Mercados buscam pistas após primeira dose de realidade de junho
Os alertas do Federal Reserve sobre a duração da recessão e temores de uma segunda onda da Covid-19, que afetariam a economia (Imagem: Reuters/Leah Millis)
Traders voltam ao trabalho tentando decifrar se a onda vendedora da semana passada foi apenas um susto ou algo mais ameaçador.
O fato de os ativos de risco terem se recuperado na sexta-feira após a queda do dia anterior confortou otimistas: o Wells Fargo e o ING Bank estavam entre os que disseram no fim de semana que a queda será temporária.
Mas a semana deu sinais mais do que suficientes para sugerir que os ganhos do início de junho podem não durar.
Os alertas do💥️ Federal Reserve sobre a duração da recessão e temores de uma segunda onda da Covid-19, que afetariam a 💥️economia, provocaram um rali do dólar, queda do rendimento dos títulos e a maior perda das bolsas americanas em 12 semanas.
A volatilidade medida pelo Índice Vix subiu na quinta-feira para o nível mais alto desde 23 de abril.
“No fechamento da primeira quinzena de junho, a volatilidade do mercado disparou”, disse Reem Aboul Hosn, analista de mercado sênior do Credit Financier Invest, uma empresa de trading com sede em Dubai. “O tempo da recuperação pode não ser tão otimista quanto os mercados pensavam.”
Francesco Pesole e Petr Krpata, estrategistas de câmbio no ING Bank, em Londres, dizem que o ressurgimento de casos da Covid-19 resultou em forte realização de lucro nos mercados acionários após o longo rali.
Eles dizem que, se a semana passada foi marcada por correção física, esta deve revelar a solidez do apetite do mercado.
Francesco Pesole e Petr Krpata, estrategistas de câmbio no ING Bank, em Londres, dizem que o ressurgimento de casos da Covid-19 resultou em forte realização de lucro nos mercados acionários após o longo rali (Imagem: Facebook/ING Bank)
Nick Bennenbroek, Brendan McKenna e Jen Licis, economistas internacionais e analistas da Wells Fargo Securities, esperam “mais fraqueza do dólar americano e força de moedas estrangeiras nos próximos 12 meses.
“Em particular, somos mais positivos em relação ao euro, dólar canadense e muitas commodities e moedas emergentes”, disseram.
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