HomeNoticiasArticleCaso Gritzbach: Juíza considerou ilegal prisão de 2 suspeitos pela Rota08/12/20248 Munição que a Rota afirmou que apreendeu ao prender Marcos Henrique Soares Imagem: Cedido aoA juíza Vivian Brener de Oliveira mandou soltar hoje Marcos Henrique Soares Brito, e o tio dele, Allan Pereira Soares, presos ontem por policiais militares sob a acusação de envolvimento no assassinato de Vinícius Gritzbach, 38. O mandado aconteceu após audiência de custódia.Delator de integrantes do PCC (Primeiro comando da Capital) e de policiais civis suspeitos de corrupção, Gritzbach foi morto no dia 8 dê novembro, no aeroporto internacional de Guarulhos, por dois homens armados de fuzil. O caso completa um mês amanhã.Relato de suspeitos não batem com o da políciaMarcos e Allan foram presos ontem na Vila Curuçá, zona leste paulistana, por homens da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Segundo os policiais militares, tio e sobrinho guardavam munição de fuzil em um Ford Fiesta e em uma moto. Os dois negaram a versão dos PMs.Raquel LandimLula vislumbra Fernando Haddad como vice em 2026SakamotoPRFs da 'câmara de gás' sentiam-se deusesLuciana BugniO que a história da criança no avião fala sobre nósFernanda MagnottaAcordo Mercosul-UE está muito longe de 'final feliz'Os PMs contaram que receberam denúncia sobre um homem envolvido na morte de Gritzbach e foram ao endereço fornecido. Quando chegaram lá encontraram um veículo parado na porta da casa. Eles disseram que o carro estava aberto, inspecionaram o automóvel e encontram a munição.Uma moradora da casa viu os PMs mexendo no carro e estranhou a situação. Câmeras de segurança da rua registraram a ação. Em seguida aparece Alan, o dono do carro e diz aos policiais militares que a munição encontrada pelos PMs não estava no veículo e não era dele.Os PMs da Rota então perguntam por Marcos. O tio liga para ele. Minutos depois o rapaz chega em uma moto e recebe voz de prisão. Os militares da Rota disseram ter inspecionado a moto e encontrado mais munição de fuzil sob o banco.Levado ao DHPP (Departamento de Homicídios e proteção á Pessoa), Marcos alegou que os PMs o prenderam e afirmaram que iriam levá-lo para uma delegacia do bairro. Segundo ele, os militares depois, pararam na avenida Assis Ribeiro, onde permaneceram durante 20 minutos.Marcos contou ainda que na avenida Assis Ribeiro, os PMs perguntaram se ele tinha capacete no baú da moto. Os agentes olharam o conteúdo e nada falaram. Marcos alega que no baú havia só uma capa de chuva e papéis e que só soube da munição no DHPP.Ato foi ilegal, diz juízaNa audiência de custódia, a juíza observa que "nada veio ao auto de prisão em flagrante para confirmar a versão registrada, no caso a dos policiais militares. A magistrada acrescenta que "não há elementos para comprar a situação de flagrante, de modo que cumpre reconhecer a ilegalidade do ato".Continua após a publicidadeVivian Brener de Oliveira relaxou a prisão em flagrante e determinou a expedição de soltura de Allan e Marcos após ouvir também a versão dos advogados dos presos, Guilherme Vaz.Segundo o defensor, os clientes não têm envolvimento com a morte de Gritzbach e não portavam a munição apreendida. "A promotora que atuou na audiência de custódia chegou a afirmar que achava estranho alguém guardar farta munição (80 num carro e deixar o veículo aberto.Outro fato que também chamou a atenção na audiência de custódia é que Allan, tio de Marcos, telefonou para ele por determinação dos PMs, avisando que os agentes queriam falar com ele. O rapaz então chegou minutos depois com a moto."Você acha que alguém que está sendo chamado por policiais da Rota e vai encontro dos PMs pilotando uma moto levaria munição escondida no baú ou sob o banco? Eu não acredito nessa versão", argumentou o advogado Guilherme Vaz.Lambança da RotaNos bastidores da Polícia Civil, os comentários são de que a Rota fez uma lambança. O alvo seria Matheus, mas prendeu o irmão dele, Marcos, e não foi à casa do suspeito porque recebeu denúncia e sim porque Matheus estava com a prisão temporária decretada.Continua após a publicidadeNewsletterOLHAR APURADOUma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do sobre os principais assuntos do noticiário.Quero receberAté agora, o DHPP identificou oficialmente três homens acusados de envolvimento na morte de Gritzbach. Kauê Amaral Coelho, 29, e Matheus Augusto Castro Mota, 33, tiveram a prisão temporária decretada e estão foragidos.Já Matheus Soares Brito, irmão de Marcos, foi preso na madrugada de hoje e é suspeito de ter ajudado na fuga de Kauê, apontado como olheiro que viu Gritzbach desembarcar no aeroporto e avisou os assassinos da vítima.Segundo o DHPP, os atiradores fugiram em um Gol preto e depois foram resgatados por Kauê pilotando um Audi da mesma cor. O DHPP diz ainda que esses dois veículos usados no crime foram cedidos por Matheus Mota.Já Mateus Soares, ainda na versão do DHPP, teria ajudado Kauê a fugir para o Rio de Janeiro. Um casal do Rio de Janeiro foi detido junto com Matheus Soares, mas foi ouvido e liberado no Departamento de Homicídios.Mateus Soares também vai passar por audiência de custódia e a Justiça decidirá se mantém ou não a prisão dele. O DHPP diz que ele admitiu ser integrante do PCC e confessou ter ajudado Kauê a fugir para o Rio de Janeiro. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele, mas o espaço permanece aberto para manifestação.ReportagemTexto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.O que você está lendo é [Caso Gritzbach: Juíza considerou ilegal prisão de 2 suspeitos pela Rota].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.Links
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