China não quer limitar comércio com medidas de segurança
O departamento da alfândega da China solicita que tanto exportadores quanto importadores apresentem a carta (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
O pedido da 💥️China para que exportadores de produtos agrícolas assinem 💥️uma carta declarando que as cargas não estão contaminadas com 💥️coronavírus não é uma medida destinada a impor restrições comerciais, segundo pessoas com conhecimento do assunto.
A solicitação inclui todos exportadores e não tem como alvo países específicos, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.
Os pedidos são informais e têm como objetivo reduzir preocupações de consumidores chineses sobre a segurança de produtos importados, como a carne, disse uma das pessoas.
O departamento da alfândega da China solicita que tanto exportadores quanto importadores apresentem a carta, disse outra pessoa.
A notícia de que clientes chineses que compram carne e soja estão solicitando tal declaração despertou preocupação entre alguns fornecedores sobre as implicações legais.
Até agora, muitos exportadores dos EUA têm mostrado relutância por receio de terem que arcar com a responsabilidade. A Tyson Foods foi a primeira a confirmar que assinou o certificado.
A medida também causou preocupação de que seria uma barreira comercial não tarifária, tática que a China aplicou no passado para vários produtos, desde cargas de milho dos EUA à canola canadense. O departamento da alfândega da China não respondeu a um pedido de comentário por fax.
A Tyson Foods foi a primeira a confirmar que assinou o certificado (Imagem: Facebook/Tyson Foods)
A decisão da China vem na esteira de um novo surto de coronavírus atribuído ao salmão importado. O receio de que os alimentos 💥️possam transmitir o vírus levou ao boicote do salmão no país asiático, embora a China tenha concordado posteriormente com especialistas globais de que é improvável que o comércio de alimentos seja responsável pelo novo surto em Pequim.
O setor de carne da China está em contato com empresas no exterior e sugeriu que exportadores de carne, particularmente em países onde os casos de coronavírus são altos, garantam o cumprimento dos padrões de segurança alimentar estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde para que seus produtos não sejam contaminados, disse uma das pessoas.
Exportadores não são obrigados a assinar a carta, disseram as fontes. No entanto, o departamento da alfândega da China informou importadores que é melhor ter a carta com sua própria declaração, disse uma das pessoas.
A alfândega tem a palavra final sobre se os produtos podem entrar no país, dependendo dos resultados dos testes dos itens para o vírus, disseram as pessoas.
Alguns importadores de carne na China pediram a fornecedores que acrescentem uma garantia como apêndice aos contratos.
Assim, o comprador estaria livre de assumir o possível risco de os produtos estarem contaminados, disse uma das pessoas. Produtores chineses de carne doméstica também devem assinar a carta para garantir que suas mercadorias estejam protegidas contra contaminação, disse a pessoa.
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