Turismo Centro de Portugal quer tornar região um destino nacional de ecoturismo

© Francisco Monteiro, Flickr


A vice-presidente da Turismo Centro de Portugal (TCP), Anabela Freitas, disse hoje que esta entidade pretende transformar a região num destino nacional de ecoturismo, promovendo um guia com dezenas de sugestões.

“Queremos que o Centro de Portugal seja o destino reconhecido de ecoturismo de Portugal continental”, afirmou.

A responsável, que falava hoje na apresentação do Plano Regional de Ecoturismo do Centro de Portugal, explicou que se pretende que a Região Centro seja reconhecida em termos de ecoturismo de Portugal continental, porque os Açores e Madeira “estão à frente”.

“O ecoturismo tem a dimensão do desenvolvimento sustentável, da educação ambiental e de trabalhar com e para as comunidades locais”, frisou.

Em declarações aos jornalistas, Anabela Freitas defendeu também que o objetivo é construir multiexperiências, onde quem procura o turismo de natureza possa fazer também ecoturismo, “que é um segmento do turismo natureza”, mas que também possa “ter outras experiências, como a gastronomia, os vinhos, o religioso, o termal”.

Em seu entender, deve haver um ‘mix’, para que todos os produtos “se potenciem entre si”, por forma a que sejam atingidos dois objetivos: combater a sazonalidade e aumentar a permanência do turista no território.

A vice-presidente da TCP sublinhou ainda que a Região Centro reúne 1.317 recursos naturais e mais de 1.300 recursos culturais que podem ser mobilizados para o ecoturismo.

Ao longo da conferência, foi apresentado o Guia Ecoturismo no Centro de Portugal, intitulado “Boa cama boa mesa”, uma ferramenta que reúne informações sobre diversos espaços a se visitar na Região Centro do país.

O material tem um primeiro momento de apresentação, um mapa que fornece “uma perceção geográfica da diversidade e da riqueza de ativos desta área”, explicou Adriana Rodrigues, a Turismo do Centro.

Ao longo do guia, há informações sobre os geoparques da Estrela, Arouca, Naturtejo e Oeste, assim como das reservas da biosfera Transfronteiriça do Tejo/Tajo Internacional, das Berlengas, Vale do Côa e Faia Brava, Serras do Socorro e Archeira, Mata do Bussaco e Parque Natural Local Vouga-Caramulo.

O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, as reservas naturais das Dunas de São Jacinto e da Serra da Malcata, as paisagens protegidas da Serra do Açor e da Serra de Montejunto e a Serra da Lousã complementam a lista disponível no documento.

Há ainda algumas páginas dedicadas a percursos pedestres do Centro de Portugal, que são “às centenas”, ao longo de cerca de três mil quilómetros.

Foi ainda disponibilizado um espaço para a observação de aves/‘birdwatching’, assim como uma secção para sensibilizar os turistas para que sejam sustentáveis, além de “algumas sugestões de alojamento ecossustentável, para que realmente não seja só um guia de inspiração, mas um guia em que as pessoas possam concretizar a visita”.

No final do documento, é ainda disponibilizado um QR Code de acesso ao Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal.

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