Forças de Mianmar disparam contra manifestantes após dia mais letal desde golpe
Os manifestantes foram às ruas para desafiar as autoridades, cujo uso crescente da violência resultou na morte de dezenas no domingo (Imagem: REUTERS/Stringer)
Forças de segurança de 💥️Mianmar abriram fogo contra manifestantes pró-democracia nesta segunda-feira e mataram seis pessoas, disseram a mídia e testemunhas, um dia depois de dezenas de manifestantes serem mortos a tiros e agressores incendiarem várias fábricas financiadas pela 💥️China na cidade de Yangon.
Apoiadores da líder democrática presa Aung San Suu Kyi marcharam novamente, inclusive em Mandalay, a segunda maior cidade do país, e nas cidades centrais de Myingyan e Aunglan, onde a polícia também abriu fogo, relataram a mídia e testemunhas.
“Uma garota foi baleada na cabeça e um garoto foi baleado no rosto”, disse um manifestante de 18 anos de Myingyan à 💥️Reuters por telefone. “Agora estou me escondendo.”
O veículo de mídia Myanmar Now noticiou que três pessoas foram mortas em Myingyan e duas em Aunglan, e um jornalista de Mandalay disse que uma pessoa foi morta a tiros ali após um grande protesto pacífico.
Os manifestantes foram às ruas para desafiar as autoridades, cujo uso crescente da violência resultou na morte de dezenas no domingo, o dia mais sangrento desde o golpe de 1º de fevereiro.
Os incêndios criminosos do mesmo dia provocaram os comentários mais duros da China até o momento sobre o tumulto que assola o vizinho do sudeste asiático, onde muitas pessoas veem Pequim como uma apoiadora do golpe.
O jornal chinês Global Times disse que 32 fábricas com investimentos da China foram “vandalizadas em ataques brutais” que causaram danos de 37 milhões de dólares e ferimentos em dois funcionários chineses, e a embaixada chinesa exortou os generais de Mianmar a deterem a violência.
“Gostaríamos que as autoridades de Mianmar adotassem medidas adicionais relevantes e eficazes para garantir a segurança das vidas e dos bens de empresas e equipes chinesas”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, em Pequim.
O 💥️Japão, que há tempos compete com a China para ter influência em Mianmar, disse que está monitorando a situação e analisando como reagir em termos de cooperação econômica.
O pior episódio de violência do domingo ocorreram em Hlaingthaya, subúrbio de Yangon em que forças de segurança mataram ao menos 37 manifestantes depois de incêndios criminosos a fábricas de propriedade chinesa, disse um médico da área que não quis se identificar.
Dezesseis pessoas foram mortas em outros lugares, disse a Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos (AAPP), além de um policial.
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