Dólar perde fôlego após superar R$5,40 em sessão volátil; Haddad e fiscal dominam foco

Dólar

Às 10:31 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,39%, a 5,3791 reais na venda (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustración/Archivo)

O 💥️dólar perdeu fôlego depois de mais cedo ter chegado a superar os 5,40 reais, mas ainda mostrava volatilidade, alternando altas e baixas conforme investidores digeriam falas do novo ministro da Fazenda, 💥️Fernando Haddad, em meio a preocupações sobre a saúde das contas públicas.

Em entrevista ao portal Brasil 247, Haddad rejeitou nesta terça-feira a ideia de que o mercado tem oscilado por conta de ataques especulativos, argumentando que as movimentações ocorrem porque havia uma ideia errônea de que a economia estava no rumo certo, desafiada por números apresentados pela transição de governo mostrando que a gestão 💥️Bolsonaro deixou um rombo nas contas públicas.

Na contramão do que foi dito pelo ministro, agentes do mercado têm atrelado o tombo recente dos ativos brasileiros a incertezas sobre qual será o arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos sob o novo governo, bem como ao descontentamento diante de entraves à agenda de privatizações de empresas estatais.

💥️Às 10:31 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,39%, a 5,3791 reais na venda.

Instantes após a abertura, a divisa norte-americana chegou a saltar 0,93%, a 5,4079 reais, mas logo perdeu fôlego e chegou a cair 0,34% na mínima, a 5,3400 reais, em meio a negociações instáveis.

💥️Na B3, às 10:31 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,18%, a 5,4095 reais.

Para Maciel Vicente, economista e consultor cambial da iHUB Câmbio, o vaivém do dólar nesta manhã reflete, principalmente, a apreensão do mercado em relação às medidas econômicas que serão adotadas pelo novo governo.

“O foco deixa de ser a expectativa, a especulação, e passa a ser as ações de fato; o mercado está muito apreensivo com as ações do novo governo e isso tem deixado o câmbio muito volátil”, disse o economista.

Ele chamou a atenção para a decisão recente do presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva de prorrogar desonerações dos combustíveis apesar de Haddad ter deixado claro ser contra essa medida em aparições públicas anteriores.

“Quando acontece uma ação dessa, o mercado bota no preço… Qual vai ser o ponto de equilíbrio entre decisões políticas e decisões puramente econômicas?”, disse Vicente.

Nesta segunda-feira, Haddad afirmou que seus argumentos a favor do fim da desoneração dos combustíveis foram atrapalhados por obstáculos à posse do presidente indicado da 💥️Petrobras (💥️PETR4), 💥️Jean Paul Prates, de forma que Lula decidiu prorrogar por dois meses o benefício para gasolina e álcool e um ano para outros insumos.

No exterior, o dólar avançava cerca de 1% contra uma cesta de moedas fortes, com investidores à espera da publicação, na quarta-feira, da ata da última reunião de política monetária do 💥️Federal Reserve.

Em dezembro, o banco central dos 💥️Estados Unidos elevou sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual, desacelerando o ritmo de aperto em relação aos ajustes de 0,75 ponto promovidos em encontros anteriores, mas alertando que os custos dos empréstimos podem encerrar o atual ciclo em nível mais alto do que o esperado pelos mercados.

Investidores têm alertado que o posicionamento ainda agressivo do Fed no combate à 💥️inflação, aliado a incertezas domésticas sobre a saúde das contas públicas, será um dos grandes obstáculos para a valorização do real em 2023.

Na véspera, a moeda norte-americana à vista ganhou 1,52%, a 5,3580 reais na venda, maior valorização diária desde 25 de novembro (+1,838%) e patamar de encerramento mais alto desde 28 de novembro (5,3645).

💥️(Atualizado às 10:46)

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