Como um docinho quase causou incidente diplomático entre turcos e gregos
Em 2006, o "conflito da Baclava" escalou a tal nível que foi parar na mesa da União Europeia. Naquele ano, os cipriotas gregos escolheram a baclava como a sobremesa oficial do Chipre em um concurso europeu, deixando os turcos furiosos. A Turquia, na época aspirante a membro da UE, levou a questão a Bruxelas. Em 2013, a UE concedeu um status de proteção à baclava turca, o que fez, obviamente, os gregos torcerem o nariz.
Para Mauro Brosso, historiador à frente do restaurante árabe Shuk, em São Paulo, a guerra da baclava não é um caso isolado, e tem muito mais a ver com política do que com gastronomia.
✅No livro gastronômico 'Jerusalém', os chefs Yotam Ottolenghi e Sami Tamimi explicam essa obsessão contemporânea pela propriedade intelectual de comidas, técnicas e ingredientes. No Oriente Médio, existe uma infinidade de exemplos: falafel e homus são os mais conhecidos", explica Brosso.
Baclava de pistache
Para ambos os lados, o conflito da baclava permanece em aberto, mas geopolítica gastronômica à parte, o fato é que o doce mantém o posto de sobremesa favorita em quase todos os países do antigo Império Otomano, incluindo Mediterrâneo, norte da África e países Bálcãs, no Leste Europeu.
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