Paixão nacional, picanha foi renegada e teria sido batizada por argentino

"Foi nos anos 1960. Na época, ele visitava muitos frigoríficos e verificou que havia muitas sobras de carne de algumas operações de exportação para Israel", relata Zegaib. "Essas sobras eram de cortes traseiros, que eram cortados de forma que só sobrava a alcatra e a picanha, que é parte dela".

A princípio, o que agradou a Seu Fuad foi o formato triangular do corte — provavelmente já pensando em sua adaptabilidade ao grill.

A seguir, ele começou a testar esse corte, e viu que ficava muito bom quando assado na grelha, até então a picanha não era feita assim. Nesse tempo, o que mais saia em termos de carne nos restaurantes e churrascarias eram o filé e a alcatra. A picanha surgiu como algo novo. Da necessidade nasceu a novidade".

Paulo e o pai Fuad, do Dinho's - Divulgação - Divulgação Picanha não era, até então, a mais querida do Brasil - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto

A aceitação foi gradual. Meu pai tinha que circular pelo salão, como aliás sempre fez, avalizando a picanha, explicando no tête-à-tête com os clientes".

Deu certo, até porque o corte surgia à mesa escoltado por guarnições-assinatura da casa, casos da farofa de ovos e da batata suflê.

Outra inovação que adicionou sabor à picanha, ajudando a perpetuar sua fama, foi o processo de maturação. "Era algo que o István Wessel (obs: especialista e um dos maiores conhecedores de carne do país) já fazia, aprendemos com ele e também introduzimos no Dinho's", conta Zegaib.

"Consiste em embalar a carne a vácuo e deixar maturando de 15 a 30 dias para que ela amoleça um pouco e perca fibras, ficando mais macia antes de ir para a grelha".

💥️Picanha civilizada

Bife de tira do Dinho's - Divulgação - Divulgação
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