De Sidney Magal à Sidney Magalhães

Documentário relembra a vida e a obra de Sidney Magal, uma unanimidade entre as personalidades mais queridas do Brasil. | foto: Reprodução

Se eu citar três músicas você consegue saber de quem eu me refiro? ‘Meu Sangue Ferve por Você’, ‘Sandra Rosa Madalena’ ou ‘Me Chama Que Eu Vou’, ficou óbvio não é? Sidney Magal é uma unanimidade entre as personalidades mais queridas do Brasil e apresenta uma obra emblemática. A história do artista que marcou uma geração agora é contada em documentário. Premiado em Gramado e dirigido por Joana Mariani, o filme conta com entrevista inédita com o cantor e chega aos cinemas em 12 de janeiro.

Cheio de personalidade, como Sidney Magal, o documentário ‘Me Chama Que Eu Vou’ faz um recorte bem humorado, revelador e carinhoso de um dos cantores mais queridos do Brasil. O título vem de uma das músicas mais famosas de Magal, que serviu de tema de abertura da novela ‘Rainha da Sucata’, em 1990. Nascido Sidney Magalhães, Magal se abre em primeira pessoa nessa produção falando desde sua infância até o presente, passando por momentos importantes de sua carreira e pelo casamento com Magali West.

O filme repassa os seus mais de 50 anos de carreira e mostra o homem por trás do artista. O cantor conta histórias inusitadas, como quando pediu a Vinicius de Moraes para compor uma música para ele, ou a maneira como escolheu o seu nome artístico na Itália, e até a rejeição pela Globo, que mais tarde o chamou para um programa musical. Magal já esteve em peças de teatro, filmes e programas de televisão, algo que ele mesmo define como “um pouco abusado de minha parte”, analisa o artista.

Magal enxerga o documentário como uma espécie de coroação. “É um filme delicioso porque ele é muito real, ele é quem é o Sidney Magal, quem é o Sidney Magalhães para vocês. Isso é uma alegria, isso faz parte da história do nosso País, da cultura do nosso País. E agora eu quero que todos curtam bastante o Sidney de Magalhães, porque eu tô inteiro nesse documentário para vocês, esperando que vocês gostem muito de mais esse trabalho que coroa o meu trabalho profissional”, diz.

A diretora Joana conheceu o cantor no começo dos anos 2000, durante as filmagens do clipe da música ‘Tenho’, dirigido por Pedro Becker e no qual assina como diretora assistente. A partir daí, ela nunca mais perdeu contato com o artista e sua família. “A cada encontro, as histórias de vida, das experiências e ‘causos’ contados por ele fascinava a todos. Sidney Magalhães é uma figura deliciosa, muito diferente da personagem que ele criou para sua vida artística, o Sidney Magal”, conta a cineasta.

A produtora do filme Diane Maia aponta que “Magal reflete na vida pessoal a mesma alegria que canta em suas músicas. Uma pessoa que nos abriu sua casa, sua intimidade e nos deixa o legado de que, na vida, sempre há o lado bom, mesmo que tudo pareça ruim. O momento é um presente, e há sempre uma razão pra ser feliz”. Além de Magali West, que conta, entre outras coisas, de como o cantor a conquistou, quando ela tinha 16 anos, também participa do longa o filho do casal, Rodrigo West.

Joana ainda aponta o despojamento do documentário, que traz um apanhado de lembranças e memórias, e uma conversa franca de Magal diante da câmera sobre sua trajetória, sua família e sua música. O filme é fruto de um longo processo de pesquisa, e conta com várias imagens de arquivos de televisão e do próprio Magal, que, segundo o ‘Jornal Nacional’, é “misto de Elvis Presley com John Travolta”. ‘Me Chama Que Eu Vou’ foi exibido no Festival de Gramado, no qual ganhou Prêmio de Edição, assinada por Eduardo Gripa.

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