Mozart destaca reação do Guarani em virada e defende processo: "É árduo e precisa ser respeitado"
O técnico Mozart ficou satisfeito com o que viu na vitória do Guarani por 2 a 1 sobre a Portuguesa, na noite desta quarta-feira, no Brinco de Ouro, e valorizou principalmente o poder de reação do time depois de sair atrás do placar em meio a um cenário de pressão.
Era um confronto direto contra a zona de rebaixamento, e o Guarani vinha de três derrotas consecutiva - além de quatro jogos sem vencer.
Depois de Paraizo colocar a Portuguesa na frente, aos 27 minutos, o Bugre igualou com Isaque, de pênalti, aos 42, e virou logo em seguida, aos 44, com uma bomba do meio da rua de Matheus Barbosa.
- Mais que tudo tínhamos e queríamos vencer. Foi um jogo duro, a situação dos times fez com a tensão aumentasse. É natural nessa situação que os erros aconteçam, mas exaltar o poder de reação do time, virar ainda no primeiro tempo. Acredito que será a nossa retomada. Jogo a jogo vamos brigar pelo objetivo que queríamos desde o início. Sabia dos valores que eu tinha na mão, a capacidade técnica deles, de jogar sob pressão, e hoje demonstraram para você tudo o que eu já sabia - disse.
1 de 1 Mozart, técnico do Guarani — Foto: Thomaz Marostegan/ Guarani FCMozart, técnico do Guarani — Foto: Thomaz Marostegan/ Guarani FC
O resultado também alivia a situação do treinador, que aproveitou a entrevista coletiva para defender os processos do futebol:
- Aos poucos vamos nos encontrando. Reconstrução não é simples. No futebol, dois mais dois não são quatro. Mas a gente quer sempre para ontem. Não nos acostumamos seguir processos no Brasil. O processo é árduo, o caminho é tortuoso, você cai e levanta, toma porrada, toma crítica, absorve e tenta lidar com ela. Tudo é processo. Enquanto eu estiver aqui, acredito nessa fórmula. É bom refrescar a memória de vez em quando. Foi esse processo que nos levou à décima colocação da Série B. Quando eu cheguei, o time estava em último, eu não esqueço. Sou o mesmo treinador de meses atrás.
Ele continuou:
- A crítica é natural, mas faço essa reflexão para plantar uma semente. Não respeitamos o processo, e nem acreditamos nele. Eu vivi 12 anos da minha carreira fora do Brasil. Talvez por isso eu acredite mais no processo. Não existe receita de bola, nem varinha mágica que façam as coisas acontecer. Esse tempo do processo precisa ser respeitado.
Outro ponto abordado foi o apoio que ele recebeu dos jogadores nas comemorações dos gols - os autores Isaque e Matheus Barbosa foram correndo em direção ao banco de reservas para abraçá-los.
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- O que eu mais dou valor nessa carreira é o que o meu jogador pensa de mim. É o que realmente importa. Tento sempre ser o primeiro a chegar e o último a sair, olho no olho, sou muito chato, confesso, mas quero que o jogador evolua na minha mão. Eu tenho esse compromisso. O grande cartão de visita do treinador é o jogador. Então o que mais prezo é que o meu atleta pensa de mim. Saio satisfeito com a vitória e também a demonstração de carinho.
Com o resultado, o Guarani chegou a sete pontos e se distanciou da degola - formado por Ferroviária e Portuguesa, ambos com quatro. O próximo desafio está marcado para sábado, contra o São Bento, às 19h, em Sorocaba.
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💥️Análise do jogo
- Gostei bastante do primeiro tempo, independentemente da virada. Mesmo se ela não tivesse acontecido, minha análise nunca é com emoção. Tento ser razão. Tivemos volume importante no começo, e sabia que o time deles tinha um bom contra-ataque. Concedemos algumas atuações que treinamos, eu falei, mas infelizmente acontece. Conseguimos reagir, e depois tivemos chances importantes para matar o jogo. O Daniel Costa entrou no intervalo, e a bola parada dele é boa, tanto que as melhores chances deles foram de bola parada.
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