“Não há lóbi do nuclear em Portugal, há sim lóbi das renováveis intermitentes”, diz Mira Amaral &

O ministro da Indústria e Energia do governo de Cavaco Silva dissertou, esta quinta-feira, a favor da implementação da energia nuclear em Portugal. Queixou-se de falta de espaço par a discussão sobre esta tecnologia e de “fundamentalismo climático” e culpou o “lóbi das renováveis intermitentes” pela rejeição que se tem verificado em relação à energia nuclear.,

“💥️Para haver ✅lobby é preciso haver poder económico. Onde o há é nas renováveis intermitentes. Não há lóbi nuclear em Portugal, há sim um lóbi nas renováveis intermitentes“, defende Mira Amaral, classificando este lóbi de “muito forte” e acusando-o de não querer discutir o nuclear.

Estas declarações tiveram lugar na conferência, organizada pela AIP & Associação Industrial Portuguesa esta quinta-feira, com o tema “Nuclear, uma opção para Portugal?”. A primeira intervenção coube a Luís Mira Amaral, seguido de Clemente Pedro Nunes, professor do Instituto Superior Técnico, e o consultor Pedro de Sampaio Nunes.

O trio de oradores foi, ao longo das diferentes intervenções, apresentando alguns argumentos semelhantes. Um deles foi a crítica ao sistema energético alemão e o elogio ao dos países nórdicos. “Não percebo como os alemães abandonam o nuclear e vão para o carvão. O modelo industrial alemão está a patinar porque a energia está caríssima. O que está a acontecer na Alemanha é o desastre energético alemão”, defende Mira Amaral. 💥️Quanto à vizinha Espanha, o ex-ministro afirma que “já não será mau” se este país mantiver as centrais nucleares existentes a funcionar.

Outro ponto comum foram as acusações de “falta de planeamento”, considerando os documentos existentes, como o Plano Nacional de Energia e Clima, meras intenções. Os oradores apelaram a mais discussão em torno da energia nuclear como resposta à intermitência que é característica das renováveis.

“💥️Este evento é oportuno. É na mudança dos ciclos políticos que vêm as reformas estruturais“, sublinhou Sampaio Nunes. Isto, embora Mira Amaral já tivesse considerado os dois principais partidos, PS e PSD, como “siameses” no que toca ao clima e à rejeição da energia nuclear.

Offshore? “Uma loucura”

O Governo de António Costa, que anunciou a intenção e deu início ao processo de lançar um leilão de energia eólica ✅offshore (no mar), cessou funções sem o concretizar. Na opinião de Clemente Pedro Nunes, “ainda bem”, embora não o justifique, remetendo esta discussão para outra ocasião.

Já Luís Mira Amaral classificou como💥️ “uma loucura” os planos para o leilão, considerando que Portugal “nem tem grandes condições para o eólico ✅offshore“, porque tem de se implementar através de plataformas flutuantes, ao invés da tecnologia de fixar as estruturas no fundo do mar. 💥️“Avançar com isto, só se puserem preços loucos que a gente vai pagar”, vaticina.

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