Bolsonaro define primeiras ações de governo em reunião com ministros
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Na primeira reunião com todos os 22 futuros ministros de seu governo, nesta quarta-feira (19), o presidente eleito Jair Bolsonaro debateu as primeiras ações da nova gestão, a partir de janeiro de 2023. O encontro, que ocorreu na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília, começou por volta das 10h e terminou pouco depois das 17h30.
Cerca de uma hora depois, Bolsonaro deixou o local sem falar com a imprensa e seguiu direto para a Base Aérea de Brasília, onde embarcou de volta para o Rio de Janeiro, local de sua residência. O presidente eleito só deve retornar à capital do país entre os dias 27 e 29 de dezembro, às vésperas de sua posse, que será na tarde do dia 1º de janeiro. Também não houve nenhum comunicado ou informação sobre o que foi definido na reunião.
O único a se pronunciar após o encontro foi o vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão, que classificou a atividade como “imensamente proveitosa”, em uma postagem no Twitter, no fim da tarde.
Liminar do ministro Marco Aurélio
A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a soltura de condenados em segunda instância, numa liminar que pode beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, repercutiu na reunião, mas, após a realização do encontro, ninguém do novo governo se manifestou sobre o assunto.
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), futuro ministro da Cidadania de Bolsonaro, foi o único integrante do primeiro escalão do novo governo a comentar a notícia em uma rede social, assim que ela foi divulgada, mas poucos minutos depois ele retirou do ar a postagem. Ele escreveu: “Respeito a decisão do ministro Marco Aurélio. Mas as consequências dela serão trágicas para a credibilidade da Justiça brasileira e para a luta contra a corrupção”, escreveu.
A exceção foi um dos filhos do presidente eleito. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez duras críticas à medida em uma postagem no Twitter. Segundo ele, a liminar concedida é um retrocesso e impacta na imagem externa do Brasil.
“[O] Brasil elege um presidente limpo; ele nomeia [para o Ministério da Justiça] MJ o juiz símbolo do combate à corrupção e no exterior começa a se formar uma perspectiva de que o Brasil pode voltar a ser sério. Aí vem uma decisão judicial e põe em xeque toda essa construção”, escreveu Eduardo.
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