Brasil cai duas posições no Índice Global de Inovação e fica em 66º lugar

Para a CNI e o Sebrae, o resultado apresentado pelo Brasil vem por conta da piora na avaliação dos insumos para inovação – da 58ª colocação, o país foi para a 60ª (Imagem: Pixabay)

A 12ª edição do Índice Global de Inovação (IGI), divulgada nesta quarta-feira (24) pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (💥️OMPI) em Nova Deli, Índia, mostrou que o Brasil é o 66º país mais inovador entre os 129 analisados, o que revela uma queda de duas posições em relação ao ano passado.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (💥️CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (💥️Sebrae), parceiros do índice, o resultado apresentado pelo Brasil vem por conta da piora na avaliação dos insumos para inovação – da 58ª colocação, o país foi para a 60ª.

“Mais uma vez, o ranking demonstra que o Brasil tem um grande e importante trabalho pela frente para se tornar um país mais inovador, com desempenho proporcional ao tamanho da 9ª economia do mundo”, comenta Glauco Côrte, presidente em exercício da CNI. “Em um ambiente de crescente competição internacional, a inovação já é um grande diferencial e terá peso cada vez maior. É preciso agir e agir rápido”.

Carlos Melles, presidente do Sebrae, complementa ao ressaltar a importância do índice, que oferece indicadores de informação sobre os maiores desafios que o Brasil tem pela frente.

“Para enfrentar obstáculos, temos de compreender o problema”, afirma Melles.

Os mais inovadores

Pela segunda vez consecutiva, a Suíça lidera o ranking, seguida por Suécia, Estados Unidos, Países Baixos e Reino Unido. O destaque, no entanto, fica para a China, que subiu para o 14º lugar, ultrapassando o Japão.

A China é a primeira em qualidade de inovação entre as economias de renda média do mundo em sete anos seguidos. Atualmente, o país alcança as primeiras posições em patentes, design industrial e marcas por origem, assim como em exportações de alta tecnologia e de produtos criativos.

Protecionismo

O índice chama a atenção para o risco que o protecionismo pode acarretar para a inovação, desacelerando o crescimento da produtividade e a difusão de ideias inovadoras pelo mundo.

Para o índice, é preciso que haja a desconcentração dos esforços e resultados da inovação em mais economias.

“Insumos e produtos de inovação continuam concentrados em pouquíssimas economias. O fosso também é observado na eficiência das economias para obter o retorno de seus investimentos em inovação. Algumas conseguem mais com menos”, diz o relatório.

Metodologia

O IGI é feito anualmente pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela OMPI. São 129 países analisados com base em 80 indicadores, desde taxas de depósito de pedidos de propriedade intelectual até criação de aplicativos para aparelhos portáteis.

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