“Totalmente mentira”: Netayahu nega refeições de cordon bleu, champanhe e tentativas de controlo dos media e

“Totalmente mentira” e “simplesmente ridículas”. Foi assim que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, descreveu as acusações de que teria recebido benefícios em troca de favorecimentos políticos. Netanyahu, que testemunhou esta terça-feira, no Tribunal Distrital de Telavive, enfrenta processos por corrupção, suborno e tráfico de influências em três casos distintos.

“Esperei oito anos por este momento, para dizer a verdade tal como a recordo, o que é importante para a justiça”, declarou no início do seu testemunho. “Esta é a oportunidade de dissipar as alegações contra mim. Há um grande absurdo nas acusações e uma grande injustiça.”

Os casos que envolvem Netanyahu

Os processos contra Netanyahu, abertos em 2023, incluem três investigações principais:

Caso 1000: Netanyahu e a sua esposa, Sara, são acusados de receber presentes de luxo, como champanhe e charutos, avaliados em 700 mil shekels (cerca de 186 mil euros), de dois empresários em troca de favorecimentos políticos.Caso 2000: O primeiro-ministro é acusado de tentar alcançar um acordo com Arnon Mozes, proprietário do jornal Yedioth Ahronoth, para garantir uma cobertura mediática favorável em troca de legislação que restringisse o crescimento do rival Israel Hayom.Caso 4000: Alega-se que Netanyahu concedeu benefícios regulatórios à empresa de telecomunicações Bezeq, controlada por Shaul Elovitch, em troca de uma cobertura favorável no portal de notícias Walla, também propriedade de Elovitch.

Netanyahu refutou todas as acusações. Sobre os supostos presentes, afirmou: “Trabalho 17, 18 horas por dia. Todos que me conhecem sabem disso. Faço as minhas refeições à secretária, e não são refeições cordon bleu servidas por empregados com luvas brancas.”

Negando gostar de luxo, Netanyahu acrescentou: “Detesto champanhe, nem consigo bebê-lo. Às vezes, sento-me com um charuto, mas não o fumo todo de uma vez porque fumo entre reuniões.”

💥️Acusações de manipulação mediática

O primeiro-ministro também rejeitou categoricamente as acusações de que teria assinado acordos para manipular a cobertura mediática em seu benefício. “Israel tinha mais diversidade de opiniões nos primeiros anos do Estado. Gradualmente, essa diversidade foi sendo reduzida”, argumentou.

Segundo Netanyahu, “dois terços do público judeu israelita identificam-se como de direita, mas 90% dos media são de esquerda.” Ele defendeu a necessidade de um “mercado livre de opiniões” e afirmou que o seu objetivo é diversificar os meios de comunicação social, não controlá-los.

Sobre a sua relação com Shaul Elovitch, do Caso 4000, Netanyahu descreveu-a como “cordial, mas distante”. “Não se formou uma relação próxima. Tratava-se de um conhecimento profissional, como tive com muitos líderes económicos.”

💥️Segurança nacional e o impacto no julgamento

Netanyahu destacou que o julgamento ocorre num momento especialmente desafiante para Israel, devido a questões de segurança nacional e recentes acontecimentos na Síria. “Estou a liderar o Estado de Israel em sete frentes [de guerra]. Já mudámos a face do Médio Oriente, e isso tem efeitos globais. É uma questão que requer a minha atenção.”

Durante a audiência, o primeiro-ministro foi brevemente chamado a sair da sala devido a um assunto de segurança nacional, mas regressou pouco depois. Ele enfatizou a necessidade de equilibrar as suas responsabilidades como líder nacional com as exigências do processo judicial.

Nas suas declarações finais, Netanyahu rejeitou as alegações de que procuraria “prazer e lazer” no desempenho do cargo público. “Entre mandatos, viajei com a minha família, fui à Disneylândia, à Austrália. Mas o serviço público chamou-me. Perguntei-me: ‘É este o objetivo da tua vida? Foi isto que herdaste do teu pai?’”

Netanyahu reconheceu os sacrifícios pessoais que o cargo exige: “Agora deito-me à uma ou duas da manhã. Quase não tenho tempo para ver a minha família ou os meus filhos. É um grande preço a pagar.”

Enquanto o processo avança, o primeiro-ministro mantém a sua posição: “Estou aqui para dissipar estas acusações absurdas e defender a verdade.”

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