HomeTiltArticleNovo Oropouche se replica até 100 vezes mais que vírus original, diz estudo07/08/202424 Maruins, insetos transmissores do vírus da febre Oropouche Imagem: DivulgaçãoUm estudo publicado nesta terça-feira por um grupo de cientistas brasileiros aponta que a nova variante do vírus Oropouche que circula no país demonstrou uma "capacidade de se replicar significativamente maior" em comparação ao vírus original, o que indica uma maior facilidade de infectar pessoas.✅O rearranjo de Oropouche de 2023-2024 replicou-se aproximadamente 100 vezes mais em células de mamíferos em comparação com a cepa protótipo, especialmente após 12 e 24 horas após a infecção.💥️Trecho do estudoSegundo o estudo, assinado por 23 pesquisadores de diversos centros de pesquisa e universidades, além da nova variante tem uma "maior eficiência" na capacidade de multiplicar-se, ela também consegue furar a imunidade de quem já teve a doença na versão original do vírus.Kennedy AlencarVice de Kamala ajuda mais do que o de TrumpMilly LacombeUnião é porque elas sabem que nada está ganhoJosé Paulo KupferAta do Copom realinha expectativas do mercadoAndré SantanaPioneiras celebram ouro de atletas negrasPara os pesquisadores, a maior quantidade de vírus aliada à reduzida capacidade dos anticorpos prévios para neutralizar, podem levar a um aumento na propagação da febre oropouche, como vemos atualmente no Brasil.✅A replicação mais rápida pode levar a uma viremia [vírus circulante no sangue] mais alta em indivíduos infectados, tornando-os mais propensos a transmitir o vírus para vetores durante a picada.💥️Trecho do estudoA nova variante foi descrita em estudo, publicado na semana passada, coordenado pela Fiocruz Amazônia, que apontou que ela está por trás da disseminação do vírus pelo país a partir do final de 2022 e do aumento de casos visto esse ano. Testes para verificar vírus Oropouche no Lacen de Pernambuco Imagem: SES-PE/DivulgaçãoContinua após a publicidadeRelacionadasPE confirma 2ª morte de feto e apura mais duas ligadas à febre oropoucheEstudo aponta nova linhagem do Oropouche em avanço 'silencioso' na AmazôniaOMS alerta países da América após microcefalia ligada a oropouche no BrasilO que achou a nova pesquisaCom a replicação viral aumentada e a capacidade de furar a imunidade de quem já teve a doença, o novo estudo sugere que a variante explica o "ressurgimento" em 2023. "Isso pode contribuir para sua capacidade de causar surtos e propagar-se para novas áreas."A pesquisa também descobriu que essa nova variante forma placas 2,5 maiores e 1,7 mais numerosas do que a cepa originária, o que sugere uma maior virulência —ou seja, maior gravidade da doença.Quanto maior a placa, maior capacidade de destruir células humanas.Na semana passada, o Ministério da Saúde confirmou as primeiras mortes do mundo pela doença, de duas mulheres jovens e sem comorbidades na Bahia. Além disso, dois óbitos fetais tiveram o vírus Oropouche identificado por exames em Pernambuco e reforçam a capacidade uma transmissão vertical com potencial problemas a mulheres grávidas. Cidades com mortes por febre oropouche Imagem: Arte/UOLContinua após a publicidadeNewsletterOLHAR APURADOUma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do sobre os principais assuntos do noticiário.Quero receberOs cientistas afirmam que os resultados da pesquisa apresentam limitações e defendem que são necessários mais estudos para identificar o avanço da nova variante do vírus.✅Este cenário [visto] pode contribuir para a introdução e estabelecimento de Oropouche nas Américas e outros continentes, como observado anteriormente com dengue, Zika e Chikungunya.💥️Trecho do estudoEles também citam que é necessário ter estratégias de "preparação para a saúde pública e o desenvolvimento de vacinas que forneçam proteção mais ampla contra o Oropouche e suas variantes para responder a futuros surtos de forma eficaz."✅O ressurgimento do Oropouche em 2023-2024 ressalta a necessidade de estratégias robustas de vigilância molecular visando pelo menos dois segmentos do genoma viral. Além disso, a infecção deve ser considerada no diagnóstico diferencial de doenças febris e complicações neurológicas. Mais investigações são necessárias para definir a carga da doença grave da febre de Oropouche.💥️Trecho do estudoContinua após a publicidadeA doençaA febre oropouche, causada por vírus de mesmo nome, tem se espalhado pelo país este ano e sua transmissão já foi confirmada em 16 estados. A doença é transmitida pelo inseto ✅Culicoides paraensis, também conhecido como maruim, meruim ou mosquito-pólvora, dependendo da região.Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.Segundo o Ministério da Saúde, até agora foram 7.044 casos confirmados no Brasil, com transmissão autóctone em 16 estados. Outros três estados estão com essa transmissão em investigação.✅Não há terapias específicas para o manejo clínico da febre oropouche. O tratamento visa o alívio dos sintomas.💥️Ministério da SaúdeReportagemTexto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis. O que você está lendo é [Novo Oropouche se replica até 100 vezes mais que vírus original, diz estudo].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.Links
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