Quem foi Doppler, que batiza radar à prova de migué e tipo de ultrassom
Por trás de todo avanço tecnológico há sempre grandes cientistas. No caso dos radares à prova de "migué", do tipo Doppler, não é diferente. Baseado em uma descoberta compartilhada entre Christian Andreas Doppler e Hippolyte Fizeau, o sistema de fiscalização que tem ganhado cada vez mais espaço nas ruas e avenidas do Brasil dificulta — e muito — a vida de motoristas e motociclistas que costumam desviar de possíveis multas de trânsito. Mas, afinal, quem foi Doppler?
Christian Andreas Doppler era um físico e matemático que nasceu em 29 de novembro de 1803, em Salzburgo, cidade da Áustria localizada às margens do Rio Salzach. Filho de um pedreiro bem-sucedido, ele não seguiu os passos do pai por ter uma condição física considerada frágil e, logo na infância, já demonstrava uma afinidade acima da média com os números.
Tempos depois, aos 19 anos, Doppler começou a estudar matemática e física no Instituto Politécnico de Viena (atualmente Universidade Técnica de Viena). Graduado, passou a dar aulas, mas nunca parou de estudar e, em busca de melhores oportunidades de trabalho, mudou-se para Praga, capital da República Tcheca. Lá, ele se casou com Mathilda Sturmand e teve cinco filhos (três meninos e duas meninas).
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Efeito Doppler
A descoberta que batiza os radares à prova de "migué" foi formulada por Doppler em 1842 e, basicamente, mostra como o movimento é capaz de mudar o comprimento e a frequência de ondas mecânicas, como as sonoras, ou eletromagnéticas.
Por isso, esse sistema de fiscalização de trânsito é tão eficiente: o aparelho emite ondas eletromagnéticas contínuas que, quando rebatidas por um veículo em movimento, são alteradas e possibilitam a aferir a velocidade do veículo naquele momento.
Mas essa não é a única finalidade desse achado. Na medicina, muitas vezes associado à ultrassonografia, o chamado efeito Doppler é usado para checar o fluxo sanguíneo direcionado a uma determinada região do corpo e, consequentemente, identificar possíveis problemas arteriais.
Um exemplo mais específico nesse sentido é o Doppler de artérias uterinas, solicitado durante a gestação para avaliar a passagem de sangue para a placenta, que por sua vez é responsável por repassar oxigênio, água e outros elementos vitais para o bebê.
A morte de Doppler
Em 1852, de volta à Áustria e no auge da carreira como diretor do Instituto de Física Experimental da Universidade de Viena há cerca de dois anos, Doppler foi acometido por uma tuberculose.
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Com o agravamento do caso, ele precisou tirar uma licença médica e optou por ir para Veneza, na Itália, onde acreditava que teria o melhor tratamento possível. Doppler morreu na manhã de 17 de março de 1853, na companhia da mulher.
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