Opinião: Como proteger os sistemas de videovigilância das ciberameaças comuns - Opini&atilde

Alberto Alonso aborda as ciberameaças mais comuns dos sistemas de videovigilância e a melhor forma de os proteger contra ameaças e riscos. Opinião: Como proteger os sistemas de videovigilância das ciberameaças comuns

💥️Por 💥️Alberto Alonso (*)

Na era digital atual, os sistemas de videovigilância são uma ferramenta crucial para a segurança e proteção em diversas indústrias. No entanto, à medida que estes sistemas se tornam mais sofisticados e conectados, aumentam também as ciberameaças que podem comprometer a sua eficácia.

Quando falamos da cibersegurança dos sistemas de videovigilância, não nos referimos apenas a protegê-los contra ataques diretos de hackers; falamos também de💥️ garantir a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos dados.

Nesse sentido, vamos examinar em maior detalhe as ciberameaças comuns que estes sistemas enfrentam, bem como estratégias que ajudam a mitigar os riscos associados.

💥️Gestão de riscos e avaliação de ameaças

A cibersegurança nos sistemas de videovigilância é fundamental e requer uma compreensão clara das possíveis ameaças e dos riscos associados. Isto implica avaliar a probabilidade e o impacto de diversas ameaças, algo essencial para qualquer organização que opere um sistema de videovigilância, pois permite💥️ antecipar e preparar respostas adequadas.

Para além disso, as ciberameaças vão mais além dos ataques comuns – como hacking, vírus e malware –, afetando três áreas-chave de um sistema informático: 💥️a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade. Qualquer impacto negativo nestas áreas é considerado um incidente de cibersegurança – por exemplo, uma falha de hardware que afeta a disponibilidade do sistema. Assim, é crucial abordar todas as possíveis ameaças para garantir a segurança completa do sistema.

💥️Utilização indevida do sistema – seja intencional ou acidental

Uma das ameaças mais comuns nos sistemas de videovigilância provém de indivíduos que têm acesso legítimo ao mesmo. Estes utilizadores podem realizar uma série de ações arriscadas, como acesso a serviços específicos sem a devida autorização, roubo de informação ou recursos, danos deliberados por parte de pessoas descontentes, perda ou extravio de componentes críticos, conexão de dispositivos comprometidos que podem prejudicar o sistema com malware, tentativas de resolver problemas que resultam numa redução do desempenho do sistema, erros humanos involuntários ou mesmo técnicas de engenharia social.

As vulnerabilidades que permitem que estas ameaças impactem o sistema são causadas pela💥️ falta de sensibilização para a cibersegurança dentro da organização, e pela ausência de políticas e processos sólidos para gerir os riscos. Isto pode levar a uma gestão deficitária das contas e à atribuição de privilégios excessivos aos utilizadores, muitas vezes por uma questão de conveniência.

Num sistema de gestão de vídeo (VMS, na sua sigla em inglês), é essencial 💥️definir políticas claras e estabelecer processos eficazes para manter a segurança ao longo do tempo. Os utilizadores individuais não devem ter acesso direto às câmaras; em vez disso, estas devem ser geridas através de contas de gestão e operação diária, e devem utilizar-se contas temporárias apenas para a manutenção e resolução de problemas. Partilhar uma mesma conta para estes diferentes papéis pode aumentar o risco de utilização indevida, seja esta acidental ou intencional.

💥️Manipulação física ou sabotagem

A proteção física dos sistemas de videovigilância também é fundamental do ponto de vista da cibersegurança, uma vez que as ameaças possíveis incluem a manipulação ou roubo de equipamentos expostos fisicamente; a desconexão, redirecionamento ou corte de cabos expostos; e o acesso fácil a câmaras montadas de forma desadequada.

Para mitigar estes riscos, é essencial seguir as diretrizes do fornecedor e aplicar medidas de proteção física adequadas. Os equipamentos de rede, como servidores e switches, devem ser colocados em áreas seguras e protegidas para evitar acessos não autorizados. Já as câmaras devem ser instaladas em locais estratégicos que não sejam facilmente acessíveis, e os seus cabos devem estar adequadamente protegidos para prevenir manipulações ou danos. Estas medidas ajudam a garantir que o equipamento e os dados estejam protegidos contra acessos físicos indevidos e possíveis problemas.

💥️Mitigar o impacto de uma violação de segurança

Uma violação de segurança ocorre quando um atacante consegue aceder aos controlos de segurança estabelecidos e obtém acesso não autorizado aos recursos do sistema. Uma estratégia eficaz para contrariar esta realidade é 💥️reduzir a exposição do sistema a possíveis ameaças. Em particular, recomenda-se evitar expor os sistemas de videovigilância à Internet, uma vez que tal aumenta significativamente o risco de que os adversários remotos possam explorar vulnerabilidades.

No caso dos sistemas de videovigilância, as vulnerabilidades mais comuns estão frequentemente relacionadas com a 💥️exposição física dos dispositivos. Sem uma proteção adequada, um atacante poderia, por exemplo, manipular ou sequestrar o cabo Ethernet de uma câmara. Para se proteger contra estes riscos, é importante implementar medidas adicionais de segurança, como firewalls para filtrar o tráfego, a segmentação da rede para limitar o acesso a áreas específicas, e controlo de acesso à rede (802.1X) para autenticar os dispositivos conectados.

💥️Preparação contra os ciberataques mais sofisticados

A sofisticação dos ciberataques está diretamente relacionada com a robustez dos controlos de segurança implementados. Embora as falhas nos sistemas de videovigilância possam ser difíceis de monetizar, tem-se observado em várias ocasiões que 💥️as infraestruturas críticas enfrentam um risco crescente de ataques avançados. Por exemplo, um sistema de videovigilância que protege uma central nuclear poderia ser alvo de um ataque de um grupo de ciberespionagem apoiado por um Estado nacional, que poderia tentar infiltrar-se no sistema para recolher informação sensível ou até para alterar o funcionamento da central.

Para enfrentar este tipo de ameaças, as organizações devem estar preparadas com medidas de segurança avançadas. Em vez de dependerem apenas de proteções básicas, devem 💥️implementar sistemas de deteção e resposta a intrusões, análise de comportamento e tecnologias de encriptação robustas. Para além disso, é crucial contar com uma equipa de cibersegurança capacitada e os recursos adequados para antecipar e mitigar as tentativas de ataque.

Em suma, para reduzir o risco de ciberameaças nos sistemas de videovigilância é crucial 💥️adotar uma abordagem completa que combine várias estratégias. O primeiro passo é desenvolver e implementar políticas de segurança robustas que incluam a gestão de acessos e a realização de auditorias periódicas; e depois é imprescindível seguir as diretrizes do fornecedor para garantir que o sistema seja configurado de acordo com as melhores práticas recomendadas.

A proteção física dos equipamentos também é essencial, o que implica colocar servidores, switches e câmaras em áreas seguras e proteger os cabos contra manipulações não autorizadas. Por fim, para se preparar para ataques mais sofisticados, devem ser implementados controlos avançados, como sistemas de deteção de intrusões, encriptação, segmentação de rede e controlo de acessos, para além de se manter sempre atualizado em relação às últimas tendências de cibersegurança. Esta combinação de medidas garante que o sistema de videovigilância está protegido, tanto contra ameaças comuns como contra ataques mais avançados.

💥️(*) 💥️Solutions Engineer Southern Europe, Axis Communications

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