Nokia prepara-se para despedir 14 mil colaboradores - Negócios Tek

A Nokia pretende despedir até 14 mil colaboradores para reduzir custos. Em Portugal a empresa finlandesa emprega mais de 3.000 pessoas. Desde setembro, já são várias as empresas de tecnologia a anunciar novos cortes de pessoal. Nokia prepara-se para despedir 14 mil colaboradores

A 💥️Nokia anunciou que vai despedir até 14 mil pessoas a nível global para cortar custos. A justificar a medida está a 💥️procura abaixo do esperado de equipamentos e soluções para redes 5G que a empresa não estima ver recuperada tão cedo.

Para já não são conhecidos detalhes sobre os planos da empresa em termos de geografias ou áreas mais afetadas pelos despedimentos. 💥️Em Portugal, sabe-se que a Nokia emprega mais de 3.000 pessoas, em vários centros de serviços, e só no ano passado contratou 900. Em entrevista ao Negócios em março, o responsável local da empresa acrescentava que nos primeiros meses de 2023 a Nokia já tinha acrescentado à equipa em Portugal mais 200 pessoas e tinha planos para continuar a contratar.

A nível global, a 💥️companhia conta com 86 mil profissionais e quer passar a ter entre 72 e 77 mil, o que se traduzirá numa redução de 16%. A expectativa é de que a redução das equipas vá permitir poupanças entre os 800 milhões e os 1,2 mil milhões de euros, até 2026. No próximo ano, a empresa quer já atingir poupanças de 400 milhões de euros, com os cortes previstos, e mais 300 milhões em 2025.

Em entrevista à Reuters, 💥️Pekka Lundmark, CEO da companhia finlandesa, admitiu que “a 💥️situação do mercado é verdadeiramente desafiante”, destacando a realidade do mercado norte-americano, que é neste momento o mais relevante para as soluções de rede da Nokia e onde as vendas da empresa cairam 40% no trimestre.

Em termos globais, as 💥️vendas da Nokia caíram 20% no terceiro trimestre, face a igual período do ano passado e os lucros recuaram 69%, para 133 milhões de euros, performance que a empresa justifica com os desafios do ambiente macroeconómico e as taxas de juro elevadas. Para o ano de 2023 mantêm-se a previsão de receitas entre os 23,2 e os 24,6 mil milhões de euros.

Na mesma entrevista, o presidente da Nokia explicou que 💥️é cedo para dar mais detalhes sobre os despedimentos, porque a empresa quer reunir primeiro com os representantes dos trabalhadores. No entanto, garantiu já que a companhia pretende proteger as áreas de pesquisa e desenvolvimento.

Em Portugal, a 💥️Nokia inaugurou em novembro do ano passado um novo centro de investigação e desenvolvimento, focado nas redes 5G e desenvolvimento do 6G, onde se pretende desenvolver software para componentes chave destas redes móveis, desde a análise, especificação e desenvolvimento, até à fase de teste.

A empresa tem também 💥️centros de serviços que gerem remotamente reds de comunicações para alguns dos principais operadores mundiais, em Portugal. No ano passado assinou um protocolo de colaboração com o Governo para um centro de competências, onde também o 5G era um dos focos, e em 2018 criou um centro de desenvolvimento com 400 profissionais.

A 💥️Nokia não é a única empresa de soluções para redes de telecomunicações a queixar-se dos efeitos do abrandamento da economia e dos investimentos dos operadores na expansão das suas redes, num mercado onde há cada vez mais concorrência. A vizinha sueca Ericsson, que também já anunciou despedimentos, disse esta quinta-feira que antecipa uma persistência dos mesmos factores que este ano estão a condicionar o mercado, também no próximo. A 💥️Ericsson anunciou em fevereiro que iria despedir 8.500 pessoas em todo o mundo, até 2024, 1.400 só na Suécia. No final de 2022 a companhia dava emprego a 105 mil colaboradores.

Despedimentos nas tecnológicas voltam à atualidade

Depois da 💥️onda de despedimentos que afetou as empresas de Tecnologias da Informação entre o final do ano passado e o início de 2023, a redução de custos e equipas continuou em 2023, mas menos acentuada. Desde setembro, e embora não nas mesmas proporções do ano passado, as 💥️medidas de redução de custos parecem estar a ganhar novamente destaque na atualidade.

A 💥️Qualcomm anunciou, já em outubro, que 💥️vai despedir 1.258 colaboradores, que representam 2,5% da força de trabalho da fabricante de chips. Também já em outubro, o 💥️Linkedin revelou que 💥️vai despedir mais 668 pessoas, naquela que é a terceira decisão do género por parte da empresa este ano.

A 💥️Epic Games anunciou no final de setembro que ia 💥️despedir 16% dos colaboradores, cerca de 830. 💥️Uma das unidades mais afetadas em termos de proporção será a Brandcamp, adquirida em 2022 pela empresa e agora em processo de venda à Songtradr, que vai reduzir para metade a pool de colaboradores neste processo de transição. Cerca de 60 colaboradores irão sair, segundo dados do site Layoffs.fyi.

Em Portugal, também a 💥️Talkdesk estará a negociar a saída de cerca de 200 dos 800 colaboradores locais. A informação não foi oficialmente confirmada pela empresa. Foi avançada pelo Eco, que diz ter tido acesso à mensagem enviada para os colaboradores.

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