Seis vezes em que a tecnologia de inteligência artificial ajudou a NASA

Missões de exploração e pesquisa espacial da NASA e outras agências já aplicam tecnologias de inteligência artificial (IA) para maior eficiência e resultados de melhor qualidade. A análise de novas crateras na superfície de Marte e uma IA que vasculha imagens de telescópio para encontrar exoplanetas (planetas fora do sistema solar) são apenas alguns exemplos dessa interseção entre exploração espacial e inteligência artificial, que anos atrás soaria como ficção científica. Abaixo, você confere seis situações em que a NASA utilizou IA para ajudar em suas missões.

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IA analisa imagens do solo marciano geradas pela MRO para buscar crateras formadas recentemente — Foto: Divulgação/NASA 1 de 5 IA analisa imagens do solo marciano geradas pela MRO para buscar crateras formadas recentemente — Foto: Divulgação/NASA

IA analisa imagens do solo marciano geradas pela MRO para buscar crateras formadas recentemente — Foto: Divulgação/NASA

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1. Descoberta de novas crateras em Marte

Uma das novas aplicações de técnicas de inteligência artificial adotadas pela NASA envolve a classificação das imagens geradas pela sonda MRO, que orbita Marte desde 2006. A ferramenta analisa milhares de fotos para detectar mudanças na superfície que podem indicar a presença de novas crateras.

A tecnologia usa aprendizado de máquina e interpreta sinais que podem ser crateras. Para isso, a IA foi treinada pela NASA com 6.830 imagens diferentes tomadas pela MRO. Nesse meio, há fotos com áreas limpas de crateras e pontos marcados pelo impacto de meteoros. Assim, é possível criar uma distinção clara que facilita o reconhecimento, permitindo identificar o surgimento de novos pontos de interesse na superfície marciana.

A importância da ferramenta no processo de estudo do planeta vizinho está em aliviar a carga de trabalho dos cientistas, já que a IA é mais ágil na tarefa.

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2. Análise de exoplanetas

Kepler é o nome de um telescópio que atuou na órbita terrestre de 2009 a 2018. Sua função era vasculhar estrelas distantes em busca de potenciais exoplanetas, que são os planetas que habitam sistemas solares diferentes do nosso. Como o volume de informação gerado pelo Kepler era enorme, o uso de inteligência artificial acabou se mostrando uma ferramenta poderosa no processo de filtragem de candidatos.

A ação da IA aqui é analisar esses dados para tentar identificar a origem das oscilações na intensidade de luz das estrelas distantes. Desse modo, a tecnologia consegue diferenciar se são causadas por algum tipo de fenômeno diferente do que o trânsito de um exoplaneta. O sucesso da técnica já rendeu a confirmação de 50 novos planetas no volume de dados original da missão Kepler.

Técnica pode se mostrar fundamental na análise de dados dos sucessores do Kepler, desativado em 2018 — Foto: Divulgação/NASA 2 de 5 Técnica pode se mostrar fundamental na análise de dados dos sucessores do Kepler, desativado em 2018 — Foto: Divulgação/NASA

Técnica pode se mostrar fundamental na análise de dados dos sucessores do Kepler, desativado em 2018 — Foto: Divulgação/NASA

Para chegar nesse resultado, os cientistas usaram uma coleção de imagens já analisadas do Kepler, contendo tanto planetas reais como falsos positivos. Com o tempo, a IA desenvolveu a capacidade de separar um resultado do outro e agora está apta para realizar análises mais eficientes em missões futuras.

3. Projeção de novos trajes espaciais

O programa Artemis da NASA promete desembarcar a primeira astronauta no solo lunar até 2024 e, para isso, precisará de uma série de novos instrumentos e tecnologias. Entre as necessidades, está uma nova geração de trajes espaciais, mais confortáveis e seguros, que permitam aos astronautas das próximas missões trabalharem com eficiência na Lua.

Inteligência artificial torna o design dos equipamentos de suporte do traje mais eficiente — Foto: Divulgação/NASA 3 de 5 Inteligência artificial torna o design dos equipamentos de suporte do traje mais eficiente — Foto: Divulgação/NASA

Inteligência artificial torna o design dos equipamentos de suporte do traje mais eficiente — Foto: Divulgação/NASA

Essa nova geração de trajes espaciais vem sendo projetada com a ajuda de inteligência artificial, especialmente no que diz respeito aos recursos de suporte à vida. Essas ferramentas são capazes de regular temperatura, nível de oxigênio e pressão para que o corpo humano funcione e sobreviva no ambiente inóspito do espaço e da superfície lunar.

Entre a série de tarefas da IA no projeto estão processos de cálculo e estudo de design para combinar o maior nível de segurança e robustez desses equipamentos no menor volume e peso possível. Os responsáveis pelo projeto indicam que a abordagem é muito mais rápida, gerando novas versões e conceitos numa velocidade impossível para uma equipe de engenheiros.

O que você está lendo é [Seis vezes em que a tecnologia de inteligência artificial ajudou a NASA].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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