COP29: Vinte e cinco países prometem não abrir mais centrais elétricas a carvão



Vinte e cinco países, a maioria dos quais ricos, comprometeram-se hoje na COP29 a não abrir mais centrais elétricas a carvão, na esperança de levar outras nações a trabalharem para o fim da utilização do combustível fóssil.

Grandes produtores de carvão como o Reino Unido, que acaba de fechar a sua última central a carvão, o Canadá, a França, a Alemanha e a Austrália assinaram o apelo voluntário durante a 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29), a decorrer no Azerbaijão até sexta-feira.

Mas a China, a Índia e os Estados Unidos, entre os cinco maiores produtores, não integram o compromisso.

Os signatários prometem que os seus próximos planos climáticos não incluirão qualquer nova central a carvão, embora o compromisso não os obrigue a desistir da mineração ou da exportação do material.

Quando é queimado, o carvão liberta para a atmosfera mais dióxido de carbono (CO2) do que o petróleo e o gás e a sua utilização continua a aumentar no mundo.

A utilização intensiva destes combustíveis fósseis, grandes responsáveis pela emissão de gases com efeito de estufa (GEE), tem contribuído muito para as alterações climáticas.

Angola, Uganda e Etiópia são outros dos signatários do acordo desenvolvido com a aliança “Powering Past Coal”, uma coligação de governos, empresas e organizações que visa a transição de uma energia a carvão para uma energia limpa.

“O compromisso de transição, com o abandono dos combustíveis fósseis, deve concretizar-se através de ações reais no terreno”, declarou Wopke Hoekstra, comissário europeu para Ação Climática, que assinou o compromisso.

Os novos projetos de carvão “devem parar”, disse, por seu turno, o ministro da Energia britânico, Ed Miliband.

A assinatura da Austrália, cujo governo trabalhista, no poder desde 2022, é ambicioso em matéria de clima, foi bem recebida pelas organizações não-governamentais (ONG).

“A porta do carvão foi fechada. Agora deve ser trancada”, disse Erin Ryan, da Climate Action Network – Austrália, à agência France-Presse em Baku.

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