O que é roaming? Entenda tecnologia presente nos celulares
O roaming é a tecnologia que permite que o celular faça ligações, envie mensagens e navegue na internet mesmo fora da área de cobertura onde foi registrado. Presente nos celulares que suportam redes a partir da segunda geração (2G), o recurso é fundamental para assegurar acesso aos serviços de telefonia. No entanto, o uso dela pode acrescentar tarifas elevadas em alguns casos, como pode ser observado nas linhas abaixo.
Ao contratar um serviço de telefonia, vale perguntar se a operadora contratada garante o serviço de roaming e, principalmente, quanto ela cobra por isso. As linhas a seguir reservam uma série de detalhes sobre a tecnologia, com perguntas e respostas para explicar como ela funciona e como ela pode ser cobrada em viagens internacionais ou dentro do território nacional.
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2 de 5 Roaming internacional pode cobrar taxas por minuto de ligação e por MB navegado na internet — Foto: TechTudoRoaming internacional pode cobrar taxas por minuto de ligação e por MB navegado na internet — Foto: TechTudo
1. O que é roaming?
Imagine que você esteja viajando, dentro ou fora do próprio país. Após algumas horas de estrada, a área de cobertura provavelmente irá mudar. Seja do DDD 18 para o 19 ou do 21 para o 43, por exemplo. Isso poderia implicar na perda dos serviços de internet, ligação e SMS se não existisse o roaming.
Por isso é preciso levar em consideração o DDD de cada celular para entender a tecnologia. Este código de área, que usa dois números para classificar a região, demarca o local em que o telefone foi registrado. Ao sair da localização de registro, os aparelhos podem precisar de outras redes que não estão sob a área de cobertura. É neste momento que o roaming entra.
A itinerância de dados – nome alternativo do roaming – se divide em dois segmentos, o nacional e o internacional. A primeira modalidade refere-se ao que acontece dentro do país, à medida que o cliente da operadora se desloca de uma região para outra. Ele pode ir de um local identificado pelo código 11 (de São Paulo) para o 41 (em parte do Paraná), o que vai implicar na necessidade de uma rede alternativa para continuar usando os dados móveis, para fazer ligações e receber ou enviar SMS.
Quem vai garantir o acesso desse usuário aos serviços oferecidos são as outras operadoras, que vão "emprestar" a rede para manter a conexão do celular. Ou seja, durante o período fora da área de cobertura, os serviços de comunicação ficam por conta de uma segunda rede que opera em conjunto com a operadora natal.
3 de 5 Operadoras oferecem roaming nacional gratuito — Foto: Rodrigo Fernandes/TechTudoOperadoras oferecem roaming nacional gratuito — Foto: Rodrigo Fernandes/TechTudo
Já o segundo modo, o roaming internacional, acontece em qualquer região fora do Brasil. Ele demanda um uso de rede alternativa, proporcionada pelo país visitado. Esse intercâmbio de sinal vai permitir por meio de seus equipamentos próprios que o visitante obtenha acesso à internet e à cobertura em geral.
A diferença entre as duas modalidades é que a primeira já é oferecida de forma gratuita por algumas operadoras. Entretanto, a itinerância internacional demanda uma preparação mais cautelosa, visto que cobra tarifas independente da operadora, e elas podem ser elevadas. É preciso atentar-se também às configurações do celular, que precisa ter o roaming ativado para garantir o sinal em situações adversas.
2. Ainda existe roaming nacional?
Com o passar dos anos, as operadoras foram aderindo ao roaming nacional gratuito. Ou seja, é comum usar os serviços em qualquer lugar do país sem pagar a mais por isso. Esse benefício é facilmente identificado nos planos por meio de mensagens como “ligações gratuitas para todo o Brasil”, ou algo do tipo nas informações sobre o pacote contratado.
Os planos pós-pagos asseguram o deslocamento sem taxas adicionais e, em alguns casos, já oferecem também soluções para o roaming internacional. Entretanto, o cuidado maior deve ser para pacotes pré-pagos, pois eles não contemplam a cobertura internacional.
4 de 5 Operadoras garantem deslocamento gratuito pelo país — Foto: TechTudoOperadoras garantem deslocamento gratuito pelo país — Foto: TechTudo
3. Quanto custa o roaming internacional?
O valor aplicado ao roaming internacional não conta com regulamentação quando o assunto é o preço final, aquele pago pelo consumidor. Isso porque a Lei Geral de Telecomunicações garante que as prestadoras de serviço decidam pelas tarifas que vão cobrar dos clientes. Uma forma de garantir um preço mais justo ou um valor previamente estabelecido é pela contratação de um pacote com a itinerância inclusa.
A maior parte das operadoras oferece o serviço, entre elas a Vivo, a Claro, a Oi e a Tim. Confira alguns preços praticados a seguir.
💥️Vivo
A Vivo oferece planos pós-pagos com o roaming já incluso e internet a partir de 60 GB, que podem ser encontrados nos pacotes Pós Família e Vivo V. As opções destacadas demarcam cifras a partir de R$ 249,90 por mês. Para as modalidades pré-pago e Vivo Controle, é possível combinar o uso de diárias que acrescentam taxas de R$ 2,99 para ligações efetuadas e R$ 2,90 por MB navegado. Vale destacar que os preços podem variar de acordo com a região.
💥️Claro
A operadora oferece um adicional aos planos pós-pagos, conhecido como “Passaporte”. As modalidades contemplam o Passaporte Américas, Europa e Mundo. O valor da taxa extra começa em R$ 9,99, atribuído aos pacotes com até 30 GB de internet, e pode chegar a R$ 29,90, apenas para planos a partir de 50 GB. A cobertura mais ampla abrange até 80 países pré-selecionados.
💥️Tim
A Tim dispõe de suporte ao roaming internacional no pacote Tim Black. A partir de 50 GB, plano que custa R$ 124,90 mensais, o cliente recebe 20 GB para usar em viagens pelo continente americano sem custo adicional. Em outras ocasiões, no caso de modalidades pré-pagas ou de contratação de serviço extra para outros locais, algumas taxas passam a valer. Por exemplo, em uma viagem aos Estados Unidos, um dia de uso dos dados móveis, com 4 GB disponíveis, deverão somar R$ 29,90 à fatura. Já as ligações, têm tarifas de R$ 1,99 acrescidas por minuto.
💥️Oi
A Oi destaca uma tabela separada em voz e dados, para ligações e internet, respectivamente. Nos EUA, o pacote com 50 minutos para ligações custa R$ 29,90, enquanto 1 GB para a web equivale a R$ 59,90. Em regiões como África, Ásia e Oceania, os 50 minutos de ligações podem chegar aos R$ 169,90 e a internet, de 200 MB, custa R$ 199,90. As demais possibilidades podem ser checadas no site da operadora.
4. Todo celular tem roaming?
Sim. O roaming passou a integrar a dinâmica da telefonia com o 2G e, desde então, acompanha os modelos com Android e iOS. Para ativá-lo no sistema do Google, basta ir em “Configurações” e procurar por “Rede”. Depois, é preciso buscar por “Rede Móvel”, onde fica o botão para ativar e desativar a funcionalidade.
Nos telefones da maçã, é preciso tocar no ícone de “Ajustes”, seguir para “Celular” e procurar “Dados Móveis”. Logo em seguida, o usuário deve encontrar o botão desejado, que está identificado como “Roaming de Dados”.
5. Existem alternativas ao roaming?
Para quem não quer ter surpresas após o consumo de serviços durante uma viagem, o ideal é planejar-se. Como destacado, existem vários planos de operadoras que dispõem do roaming internacional por preços mais em conta. Entretanto, é possível encontrar outras soluções, como comprar um chip internacional válido no território de destino ou mesmo comprar um cartão SIM usado no país.
5 de 5 iPhones a partir do modelo XR trazem suporte ao e-SIM — Foto: TechTudoiPhones a partir do modelo XR trazem suporte ao e-SIM — Foto: TechTudo
Nesses casos, os celulares com suporte para e-SIM, o chip virtual, se destacam pela facilidade na hora de trocar de operadora. Na Apple, os modelos a partir do iPhone XR trazem a tecnologia. Outra possibilidade são os smartphones com bandeja dual SIM, que suportam mais de um chip ao mesmo tempo.
Na maior parte dos casos, é válido contatar a operadora antes de partir para o local escolhido, conferir as possibilidades e confirmar que o roaming será ativado. Se a escolha for não usar os dados móveis ou sinal durante a viagem, utilizar a rede Wi-Fi pública ou de lugares de confiança é uma alternativa. No último caso, será preciso desativar o roaming para que não seja considerado nenhum tipo de uso pela operadora do serviço.
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