HomeTiltArticleInstagram e Face revivem reconhecimento facial após ação bilionária23/10/202419 Rosto de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, escaneado por processo de reconhecimento facial Imagem: BLOOMBERG / GETTY IMAGESA Meta voltará a usar reconhecimento facial em ao menos duas de suas plataformas. A retomada ocorre três anos após a dona de Instagram e WhatsApp abandonar a tecnologia sob uma chuva de críticas e depois de pagar mais de US$ 2 bilhões para encerrar processos judiciais nos Estados Unidos que faziam sérias acusações contra o serviço.A nova tecnologia funcionará no Facebook e Instagram com propósito diferente do passado. Por um lado, servirá para derrubar anúncios fraudulentos que usem o rosto de celebridades sem autorização —isso incluirá imagens feitas com inteligência artificial. Por outro lado, permitirá a usuários comuns reaverem o acesso a contas.Anunciada nesta segunda-feira (21) ainda em fase, as funções serão liberadas paulatinamente em escala global. Isso incluirá o Brasil, mas não a União Europeia.CasagrandeVini faz partida genial e digna de um Bola de OuroCarlos NobreO colapso do manto de gelo da GroenlândiaThais BilenkyBolsonaro 'mata saudades' dos holofotes em SPJosias de SouzaNunes mostra a Bolsonaro que Tarcísio é a estrelaEntidades regulatórias brasileiras e europeias barraram a última grande novidade da Meta, a IA da Meta, um assistente que permite a usuários de WhatsApp, Instagram e Facebook interagirem com uma ferramenta de IA sem sair dos aplicativos. No caso do Brasil, a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados) liberou o uso após ajustes da empresa de Mark Zuckerberg.A coluna apurou que a empresa compartilhou com a ANPD os planos do novo uso de reconhecimento facial no Brasil antes de anunciá-los.Em conversa com jornalistas nesta segunda, Monika Bickert, vice-presidente da Meta para política de conteúdo, afirmou que as novas ferramentas de reconhecimento facial não usarão os dados biométricos dos rostos das pessoas para nada além das funções propostas.💥️Golpe com famosos e contas perdidasNo caso dos anúncios fraudulentos, a Meta usará imagens já publicadas por celebridades em suas plataformas para comparar com a propaganda em análise. Se não for um uso autorizado, a peça será derrubada. Os testes com os famosos começaram em outubro e serão ampliados em dezembro. A expectativa é abrir para o restante da base em 2025.✅As fraudes e esquemas que vemos hoje são um problema de toda a indústria (...) Eles [criminosos] usam a imagem de celebridades ou de alguém que se tornou famoso para fazer uma pessoa clicar nesse anúncio e, a partir daí, pedir informação, dinheiro ou tentar enganá-la de outra forma💥️Monika Bickert, vice-presidente da Meta para política de conteúdoContinua após a publicidadeRelacionadasAtenção, médico, preocupado com o Dr. Google? Espere até ver o Dr. YouTubeGoverno admite descontrole com 'big techs' e propõe regras contra monopólioSem cabine e dirige sozinho: caminhão brasileiro diferentão chega em 2027O reconhecimento facial será ainda uma possibilidade a que poderão recorrer usuários que tiverem perdido o acesso a suas contas. Se escolherem essa opção, terão que enviar um vídeo frontal em que movimentem o rosto. Esse método é similar ao que bancos brasileiros têm usado no ato da abertura de contas digitais. Também neste caso, a Meta tenta conter o avanço de golpes. O roubo de contas é o primeiro passo de criminosos que usam a confiança depositada em alguém próximo para convencer seguidores a embarcar em fraudes.A Meta diz que, neste caso, o material será criptografado assim que for enviado, não vai aparecer no perfil do usuário e será descartado assim que a operação é realizada.Longe de comparar se dois rostos em fotos diferentes são iguais, o que a tecnologia de reconhecimento facial faz é checar se as características faciais batem. Para isso, considera os formatos dos elementos faciais (tamanho de olhos, nariz, boca etc) e as distâncias entre eles. O resultado geralmente é uma porcentagem de similaridade.💥️Meta tinha 1 bilhão de dados biométricos em 2023Segundo Bickert, a Meta voltou a usar reconhecimento facial após dialogar com governos, especialistas em privacidade e segurança e organizações sociais. A empresa afirma manter a mesma opinião sobre a tecnologia, que deixou de usar em 2023.✅Em 2023, desativamos o sistema de reconhecimento facial que era usado para habilitar recursos úteis e opcionais, como sugestões de tags. (...) [Deixamos] de usar o reconhecimento facial para recursos que envolviam ampla identificação em direção a formas mais restritas de autenticação pessoal. Fomos claros em nossa opinião de que o reconhecimento facial continuava apropriado para um conjunto restrito de casos de uso.💥️Meta, em comunicadoContinua após a publicidadeNewsletter Um boletim com as novidades e lançamentos da semana e um papo sobre novas tecnologias. Toda sexta.Quero receberEm 2023, o recurso era usado por um terço dos usuários. Ou seja, 1 bilhão de pessoas tiveram seus dados biométricos coletados.Na época, funcionava só no Facebook e servia para identificar indivíduos marcados em vídeos e fotos. Isso permitia duas funções: notificar os usuários quando fossem publicadas imagens em que eles aparecessem e identificar conhecidos de pessoas com deficiência visual durante áudio-descrições.Quando nasceu, em 2011, a tecnologia não era mais que um escaneamento do rosto das pessoas e contava com a ajuda dos usuários, convidados a assinalar para o sistema do Facebook se um determinado rosto pertencia a algum amigo.No mesmo ano em que desistiu de usar a tecnologia, a Meta aceitou pagar US$ 650 milhões para encerrar uma ação coletiva contra o reconhecimento facial movida pelo estado norte-americano de Illinois.Um ano depois, o estado do Texas processou a empresa e a acusou de violar a lei estadual "não centenas, ou milhares, ou milhões de vezes—mas bilhões de vezes". Cobrava US$ 10 mil para cada violação. O procurador-geral Ken Paxton acusou a Meta de coletar dados biométricos de milhões de texanos sem consentimento informado, algo que infringia uma lei texana que regula o uso de biometria. Para solucionar a questão, a Meta concordou em pagar US$ 1,4 bilhões em julho de 2024.ReportagemTexto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis. O que você está lendo é [Instagram e Face revivem reconhecimento facial após ação bilionária].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.Links
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