Celulares podem voltar a ter baterias removíveis na Europa; entenda
A maior parte dos celulares vendidos atualmente possui bateria não removível. No que depender do Parlamento Europeu, isso pode mudar em breve. Uma comissão foi montada para discutir sobre a possibilidade de criar uma lei que proíba os fabricantes de vender smartphones com a bateria fixa. O objetivo seria facilitar a substituição do componente, além de reduzir o descarte excessivo de lixo eletrônico.
A União Europeia já havia se manifestado sobre o tema em 2023, quando considerou forçar fabricantes a voltar com as baterias removíveis. Caso a medida seja regulamentada, afetará não apenas o setor de telefonia móvel, como também o de outros dispositivos eletrônicos, como patinetes elétricas, notebooks e smart cars.
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2 de 3 Uso de baterias removíveis, como nos antigos Galaxy S da Samsung, vai se tornando restrito a aparelhos mais baratos — Foto: Filipe Garrett/TechTudoUso de baterias removíveis, como nos antigos Galaxy S da Samsung, vai se tornando restrito a aparelhos mais baratos — Foto: Filipe Garrett/TechTudo
Apesar do avanço na discussão do tema, para a recomendação do Parlamento se tornar legislação, é necessário que o projeto seja aprovado em outras instâncias. O Conselho Europeu — que é a instituição que reúne os chefes de Estado ou chefes de Governo dos 27 membros da União Europeia — teria de aprovar a medida.
De acordo com o Right to Repair (coalizão europeia focada no direito ao reparo de produtos), o texto-base do projeto prevê ainda que as baterias dos eletrônicos de consumo devam estar disponíveis como peças de reposição por um mínimo de dez anos após o último modelo estar disponível no mercado. Isso deve prolongar a vida útil de equipamentos.
Ainda de acordo com o Parlamento Europeu, a decisão final da comissão que estuda o tema está prevista para ocorrer durante o Conselho do Meio Ambiente, neste dia 17 de março. Se as negociações funcionarem, o acordo pode ser aprovado em 2022, com entrada em vigor a partir do dia 1° de janeiro de 2024. As marcas devem receber entre 12 a 24 meses para cumprir a legislação.
3 de 3 MacBooks usam baterias fixas há alguns anos o que contribui para que os dispositivos fiquem cada vez mais fininhos (Foto: Carol Danelli/TechTudo) — Foto: TechTudoMacBooks usam baterias fixas há alguns anos o que contribui para que os dispositivos fiquem cada vez mais fininhos (Foto: Carol Danelli/TechTudo) — Foto: TechTudo
As baterias integradas têm vantagens e desvantagens. A decisão por parte de fabricantes como Apple e Motorola de tornar esses componentes tão inacessíveis aos usuários é explicada, em parte, pela liberdade em desenhar o produto. Com isso, é possível desenvolver smartphones e notebooks cada vez mais finos. Esse tipo de construção ainda permite, em tese, um nível maior de proteção dos componentes internos, já que estes ficam menos expostos a partículas de poeira, por exemplo.
As baterias removíveis poderiam aumentar o grau de reparabilidade dos dispositivos Samsung, já que proibiria a empresa de colar baterias no chassi dos produtos usando adesivos — prática que dificulta o conserto do aparelho e torna o processo mais caro. A partir de 1º de janeiro de 2023, a União Europeia deseja proibir tal prática, que deve incluir tablets, computadores móveis, fones de ouvido sem fio, patinetes elétricas e outros produtos movidos a bateria.
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