Sindicato estima adesão entre 75% a 80% à greve dos maquinistas no Metro do Porto - Executive Digest
O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) estimou que a adesão à greve de hoje ronde os 75% a 80% na Metro do Porto, e a empresa refere que fez 25% das viagens da manhã.
Questionado acerca da adesão a greve geral dos maquinistas na ViaPorto, empresa do grupo Barraqueiro que opera o serviço do Metro do Porto, o dirigente sindical Hélder Silva estimou que deveria rondar os 75% e 80%, percentagem equivalente aos associados do SMAQ.
“Durante o dia de hoje [o metro] está só a circular no Tronco Comum [Senhora da Hora & Estádio do Dragão] e na linha de Gaia [Amarela, D] residual e só com alguns maquinistas que não são do sindicato ou são de outros sindicatos”, apontou o dirigente do SMAQ afeto à Metro do Porto.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Metro do Porto referiu que realizou 25% das viagens previstas no período da manhã, estimando realizar 40% do total previsto durante todo o dia de hoje.
A empresa já tinha alertado na quinta-feira que hoje o serviço estaria “interrompido em toda a rede, apenas com circulações muito reduzidas no tronco comum (Senhora da Hora-Estádio do Dragão), durante os horários de ponta”.
Hoje, fonte da Metro do Porto adiantou à Lusa que foram efetuadas algumas viagens fora do tronco comum e linha Amarela.
Em causa está uma greve convocada pelo SMAQ face à ausência de clarificação do Governo sobre a relação entre sinistralidade ferroviária e taxa de álcool destes trabalhadores e para exigir condições de segurança adequadas.
No caso do Metro do Porto, os maquinistas exigem uma mudança na regulamentação.
“Neste momento não existe regulamentação. Enquanto os maquinistas da CP estão abrangidos pela lei 16/2011, que é uma lei europeia, que lhes dá uma carta de maquinista, connosco o Governo português deixou-nos de fora da carta”, disse à Lusa Hélder Silva.
De acordo com o sindicalista, ao passo que os maquinistas da CP são abrangidos por regras que vão “desde questões de saúde e prestação de trabalho”, os maquinistas da Metro do Porto “não têm nada disso”.
“Há apenas a regulamentação coletiva. Aquilo que a gente quer é que o IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] & e já disseram que estavam a fazer isso mas estava fechado numa gaveta & crie uma regulamentação própria”, para que “haja uma entidade que regule o sistema do Metro do Porto”.
Como motivo para a greve de hoje, em causa estão as declarações do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, após o Conselho de Ministros de 14 de novembro, quando afirmou que “não é muito conhecido, mas Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número por quilómetro de ferrovia de acidentes que ocorrem” e que tem “um desempenho cerca de sete vezes pior do que a primeira metade dos países europeus”.
O Governo aprovou uma proposta de lei que reforça “as medidas de contraordenação para os maquinistas deste transporte ferroviário, criando uma proibição de condução sob o efeito de álcool”, referiu ainda o ministro.
“Estando Portugal numa das piores situações em termos de nível de acidentes, tem do quadro contraordenacional mais leve e mais baixo da Europa”, rematou então o governante.
No dia em que emitiu o comunicado sobre a greve, o SMAQ adiantou que não obteve qualquer resposta à exigência feita ao ministro para que clarificasse e retificasse publicamente as suas declarações.
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