Mulher diz que funcionário de loja em SP acusou seu filho de furtar bolacha

Uma mulher usou as redes sociais para denunciar uma loja de doces na zona leste de São Paulo após um funcionário acusar seu filho, uma criança de 7 anos, de furtar um pacote de bolacha.

O caso ocorreu na Magic Doces, no bairro Cidade Tiradentes, no último dia 22. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o caso é investigado como crime de calúnia —atribuir falsamente a alguém fato definido como crime.

Procurada, a loja indicou uma advogada para falar sobre o caso, mas ela não atendeu as ligações nem respondeu as mensagens de texto enviadas pela reportagem na tarde desta quinta-feira (29).

A mãe registrou em vídeo a reação do filho após a abordagem.

"Não roubei nada", diz o menino à mãe. Ela responde: "Eu sei que você não roubou, meu amor. Eu sei. A mamãe sabe que você não roubou. A mamãe sabe o filho que ela educa".

A mulher conta na publicação que foi à loja para comprar doces para celebrar o aniversário da criança.

"A gente acabou de passar por um constrangimento muito grande aqui na Magic Doces. Eles acabaram de acusar o meu filho. Amanhã é a festinha dele. Eu gastei R$ 500 aqui. Eu tô com diversas notas [fiscais]. E eles acabaram acusando o meu filho de 7 anos, falando que o meu filho roubou uma bolacha. Sendo que eu gastei R$ 500 aqui", diz a mãe no vídeo.

Ela afirma que então pediu ao funcionário que checasse as imagens das câmeras de monitoramento da loja.

"Eu falei pra ele provar isso. Ele subiu lá em cima, olhou na câmera e veio pedir desculpa. E o constrangimento? Eu quero saber como vai ficar isso. Esse constrangimento que a gente acabou de passar aqui", questiona.

O perfil do estabelecimento foi desativado nas redes sociais.

O caso foi registrado no 44° DP (Guaianazes) e é investigado pelo 54° DP (Cidade Tiradentes).

"Todas as imagens do local foram coletadas e são analisadas. A mãe do menor já foi notificada a prestar esclarecimentos, visando auxiliar na investigação. O inquérito apura o crime de calúnia, podendo ser alterado ao decorrer das investigações, conforme novas evidências", afirmou a SSP.

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