Silveira pede em ofício que diretores da Aneel parem de expor desentendimentos entre si nas sessões

Divergências públicas entre diretores da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) desde 2023 estão entre as razões que motivaram a decisão do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) de ameaça de intervenção no órgão regulador.

No ofício enviado ao diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, o ministro ameaçou intervir na agência caso a diretoria não cumpra prazos definidos por medidas do governo, como a redução tarifária e a política de compartilhamento de postes.

No documento, Silveira pede que os diretores "se abstenham de expor publicamente divergências internas relacionadas a assuntos alheios a processos em pauta e que possam não apenas afetar a imagem da agência, mas também o bom andamento dos trabalhos, como, aliás, se pode observar em noticiário recente, que refere episódios de instabilidade nas relações institucionais internas."

Vídeos de reuniões na internet evidenciam algumas dessas divergências. Em um deles, de maio do ano passado, dois diretores da Aneel à época, Fernando Mosna e Hélvio Guerra (hoje ex-diretor), têm atritos com o presidente da agência.

Mosna, ao perceber que Feitosa não estava prestando atenção a sua resposta a um questionamento feito pelo próprio diretor-geral, passa a fazer silêncio até que o colega volte a falar. "Na verdade eu estava respondendo, você não estava dando atenção, então resolvi esperar você ler sua mensagem", diz.

Em outra parte da mesma reunião, Hélvio Guerra, que estava terminando o mandato, disse ter ficado magoado com o diretor-geral em outra ocasião.

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