A Mulher no Lago se destaca na boa safra de séries do Apple TV+
Há cada vez menos opções na televisão para o adulto interessado em dramas de qualidade, com pano de fundo realista, personagens bem construídos, diálogos que não tratam o público como bebê e nenhum dragão cuspindo fogo.
A HBO, que por muito tempo supriu esse nicho, perdeu o passo desde que foi incorporada ao conglomerado Warner Bros. Discovery, em 2022. A liberdade criativa, que por muito tempo foi o motor que moveu os projetos do canal, ficou para trás. Ainda há espaço para séries de qualidade, mas a sua programação, na média, está nitidamente menos ousada.
Uma plataforma que vem tentando, ainda que de forma errática, preencher esse espaço é o Apple TV+. Uma das melhores surpresas deste ano foi "The New Look", uma ficção centrada nas trajetórias dos estilistas Cristian Dior e Coco Chanel, mostrando como a indústria da moda francesa sobreviveu e, em alguns casos, sucumbiu ao nazismo.
"Sugar", um mistério policial que homenageia os filmes noir, protagonizado por Colin Farrell e, em parte, dirigido por Fernando Meirelles, foi outro acerto da plataforma, apesar de um plot twist na reta final que me provocou muita irritação.
Recomendo ainda a minissérie "Acima de Qualquer Suspeita", um drama de tribunal altamente viciante, com Jake Gyllenhaal no papel do promotor acusado de matar uma colega de trabalho que era sua amante. Harrison Ford viveu esse personagem num filme com o mesmo título, de 1990.
Mas a joia da coroa do Apple neste ano é "A Mulher no Lago", cujo episódio final, o sétimo, acaba de ser lançado. A série se passa em Baltimore, nos anos 1960, num período em que a legislação ainda assegurava a segregação racial.
A trama é baseada num livro de Laura Lippman, autora de duas dezenas de romances policiais, alguns publicados no Brasil pela editora Record.
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