De Gaza à Ucrânia, entenda como inteligência artificial está mudando as guerras

No fim de 2023, a Marinha Real Britânica abordou a Microsoft e a Amazon Web Services, gigantes americanOs de tecnologia, com uma pergunta: havia uma maneira melhor de travar guerras? Mais especificamente, poderiam encontrar uma maneira mais eficaz de coordenar as ações entre uma equipe de ataque hipotética no Caribe e os sistemas de mísseis de uma fragata?

As empresas de tecnologia colaboraram com a BAE Systems, uma fabricante gigante de armas, e a Anduril, uma empresa menor, entre outros contratantes militares. Em 12 semanas —incrivelmente rápido no mundo da aquisição de defesa— o consórcio se reuniu em Somerset, no Reino Unido, para uma demonstração do que foi apelidado de StormCloud.

Fuzileiros no solo, drones no ar e muitos outros sensores foram conectados por uma rede de rádios avançados, que permitiam a cada um ver, de forma contínua, o que estava acontecendo em outros lugares —uma configuração que já havia permitido aos fuzileiros navais superar forças muito maiores em exercícios anteriores.

Os dados coletados foram processados em pequenos computadores robustos presos a veículos de comando com cabos elásticos e em servidores de nuvem distantes, para onde foram enviados por satélite. O software de comando e controle monitorava uma área designada, decidia quais drones deveriam voar para onde, identificava objetos no solo e sugeria qual arma atacar qual alvo.

Os resultados foram impressionantes. Ficou evidente que o StormCloud era a "cadeia de morte mais avançada do mundo", disse um dos oficiais envolvidos no experimento, referindo-se a uma rede de sensores (como drones) e armas (como mísseis) entrelaçados com redes digitais e software para dar sentido aos dados que fluíam de um lado para o outro.

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Ferramentas e armas habilitadas por inteligência artificial (IA) não estão sendo apenas implantadas em exercícios. Elas também estão sendo usadas em escala crescente em lugares como Gaza e Ucrânia.

As Forças Armadas veem oportunidades notáveis. Elas também temem ficar para trás de seus adversários. Os gastos estão aumentando rapidamente. Mas advogados e especialistas em ética se preocupam com a possibilidade de a IA tornar a guerra mais rápida, mais opaca e menos humana. A lacuna entre os dois grupos está aumentando, mesmo quando a perspectiva de uma guerra entre grandes potências se torna mais iminente.

Não há uma definição única de IA. Coisas que uma vez teriam merecido o termo agora são vistas como cotidianas. Mas de várias formas, a IA está se infiltrando em todos os aspectos da guerra.

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