Banco Central está dependente de dados para agir sobre juros, diz Galípolo

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (26) que a autoridade monetária está "dependente de dados" para futuras decisões sobre a taxa de juros no Brasil.

Ele citou diferenças entre as economias dos EUA e Brasil para justificar a atual postura do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC.

"A função do Banco Central é ser mais cauteloso e ter cuidado em função desses dados que podem estar sinalizando uma economia que me parece estar em um estágio distinto do que estávamos falando da economia norte-americana, que passou a dar sinais de moderação", afirmou.

Agentes de mercado precificam um pouso suave da economia norte-americana, evitando uma recessão. O presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) Jerome Powell sinalizou na sexta-feira (23) que estava na hora da instituição começar a cortar juros.

"Aqui, a gente vem assistindo sinais de resiliência maior da atividade econômica, com um mercado de trabalho mais apertado", disse Galípolo.

"Nós vamos consumir os dados a cada reunião do Copom para poder analisar como a economia está avançando e tomar as nossas decisões a partir disso".

A fala ocorreu durante evento em comemoração aos 125 anos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina.

Na última quinta-feira, o diretor afirmou que suas falas recentes sobre mudanças na taxa Selic foram mal-interpretadas por agentes do mercado, mas que precisava estar disponível para receber críticas.

"Vim agora de uma fala em que me expressei mal e tive uma interpretação inadequada, ainda que tenha repetido várias vezes: Estou reafirmando minha fala anterior", disse, durante evento com alunos da (FGV) Fundação Getulio Vargas, em São Paulo.

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