Preço do ouro bate recorde, e valorização no ano supera 20%

Investidores ocidentais voltaram a investir em ouro, enquanto esperam se os Estados Unidos farão cortes nas taxas de juros neste ano, ajudando a elevar os preços do metal a níveis recordes nesta semana.

O produto chegou a atingir US$ 2.531 (R$ 14 mil) por onça troy (que equivale a 31,1 gramas) na terça-feira (20), levando os ganhos do ouro no ano a mais de um 20%, impulsionados por compras de investidores institucionais e apostas otimistas de fundos de investimento de risco. Nesta quinta (22), o ouro estava cotado a US$ 2.481 por onça troy, por volta das 12h50.

As participações em ETFs de ouro fisicamente lastreados aumentaram em 90,4 toneladas, equivalentes a US$ 7,3 bilhões, desde maio, de acordo com dados do World Gold Council, uma entidade do setor. Os fluxos líquidos foram positivos em sete das últimas oito semanas.

O movimento de alta começou no terceiro trimestre de 2022, turbinado por investidores chineses que recorreram ao metal em busca de refúgio do caos em seus mercados locais de ações e habitação. Na época, o ouro estava cotado na casa dos US$ 1.600 por onça troy.

"O Ocidente está despertando para o que a Ásia já estava acompanhando no início deste ano", diz Ruth Crowell, diretora executiva da London Bullion Market Association.

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As apostas otimistas em ouro no mercado Comex de Chicago, a principal referência de contratos futuros de ouro usado por investidores ocidentais, atingiram um novo recorde pós-Covid, adicionando mais de 100 toneladas na semana encerrada em 13 de agosto, segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA.

O mercado de futuros é usado principalmente por fundos de investimento de risco e traders especulativos, enquanto os ETFs são populares na América do Norte e na Europa como uma forma de investidores institucionais e de varejo ganharem exposição ao ouro.

Desde o final de 2022, a busca por ouro vem sendo sustentada por bancos centrais de mercados emergentes que buscam diversificar suas reservas longe do dólar, bem como pela enorme demanda de investidores chineses.

Mas o último impulso do metal, de cerca de US$ 2.300 por onça troy em junho para o patamar atual, parece ter sido impulsionado por compradores dos EUA e da Europa se posicionando para custos de empréstimos mais baixos. Essas taxas menores tendem a aumentar a atração pelo ouro, que não rende juros, em relação a ativos como títulos.

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