Mais que comparar desempenhos, Ideb indica por onde pode evoluir a educação

Na semana passada, a divulgação dos dados Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) referentes ao ano de 2023 ganharam grande repercussão nacional, com os estados e cidades (entre elas o Rio de Janeiro) que tiveram evoluções consideráveis no ranking comemorando com razão o desempenho. Mas a leitura dos resultados do Ideb pode e deve ir muito além da mera comparação de desempenhos.

Antes de mais nada: o que é, exatamente, o Ideb? Ele é um indicador gerado a partir de dois vetores: o censo escolar, com foco nas aprovações, e o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Um representa o avanço dos estudantes e o outro, o desempenho quando avançam. E o foco do índice está na avaliação de desempenho nas áreas de matemática e língua portuguesa.

Mas o mais oportuno desse debate sobre o Ideb não é avaliar pontualmente estes desempenhos, e sim refletir sobre a qualidade e a importância da educação como elemento propulsor para a transformação social do país. É aproveitar o ensejo para perguntar: para onde está indo a educação pública brasileira?

Dentro desta perspectiva, diferentes pesquisas já têm sido desenvolvidas recentemente com o foco na compreensão de como qualificar os processos de aprendizagem e como garantir que os alunos tenham a melhor experiência possível nos espaços formais de ensino.

Momentos históricos da evolução da educação

Esse movimento ao longo do tempo deu origem a diferentes momentos, que os autores Andy Hargreaves e Dennis Shirley definem em seu livro "The Fourth Way: The Inspiring Future for Educational Change" ("O Quarto Caminho: um Futuro Inspirador para Mudanças na Educação").

Na perspectiva dos autores, os processos de gestão pública de educação avançaram em quatro momentos. A primeira delas após a Segunda Guerra Mundial, e até meados da década de 1970. Esta fase foi reconhecida como um momento de inovação e de inconsistência nas ações.

O segundo movimento ocorreu entre os anos 1970 e meados dos anos 1990. Com foco no mercado e na padronização, buscava-se o uso de indicadores de performance orientados de cima para baixo pelos governos.

O terceiro movimento, iniciado em meados da década de 1990, priorizava performances e parcerias. E o quarto e último movimento —que na verdade é uma proposição dos autores— articularia envolvimento profissional, engajamento público e visão nacional do governo na busca por desenvolver aprendizagem, desempenho e bem-estar coletivos.

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