O que há de especial na baía de Ha Long, no Vietnã?

Eu caminhei pelas ruas movimentadas de Hanói e fiquei fascinado com o cenário que os templos budistas criavam. Por serem dourados, refletiam a luz do Sol de uma maneira cinematográfica, como se as cores simplesmente tivessem sido tratadas em uma edição de vídeo.

A arquitetura bem intrincada desses templos, que têm um ambiente interno bem sereno, proporciona um contraste pacífico com as ruas animadas, repletas de sons de motocicletas e movimentação intensa de vendedores ambulantes.

Em todos os lugares que visitei fui recebido com sorrisos e boas-vindas calorosas e logo percebi que os vietnamitas, em geral, são bem mais baixos que os brasileiros.

Diante da simpatia e do acolhimento, lá estava eu sentado em pequenas cadeiras nos restaurantes de rua. Honestamente, um incômodo gostoso de se sentir. Não faria sentido se dispor a acessar pessoas mas ao mesmo tempo não imergir completamente em seus hábitos e costumes.

Um prato que eu recomendo porque simplesmente conquistou o meu paladar é o bun cha, uma refeição tradicional vietnamita com carne de porco grelhada ("cha") e macarrão de arroz ("bun"). É servido com salada e com um molho picante de peixe. A combinação de sabores é grandiosamente divina, e esse prato se tornou um dos pilares da minha dieta durante o meu tempo na cidade de Hanói. A título de curiosidade, está dentro dos meus top 10 de pratos favoritos até hoje.

O ponto alto da minha viagem foi, sem dúvidas, passar uma noite em um navio na baía de Ha Long, um dos lugares mais fantásticos em termos de maravilha natural e que faz jus à sua reputação turística. A baía é pontilhada por milhares de ilhas e ilhotas de calcário, cada uma coberta por uma vegetação exuberante. A visão dessas ilhas emergindo das águas esmeraldas parece um filme, já que tudo parecia estar muito sincronizado.

A beleza do cenário estava além das palavras, parecia que eu estava em um sonho. O jogo de luz sobre a água, as cores cambiantes do céu e o silêncio pacífico da baía criaram uma sensação de serenidade de que nunca me esquecerei. Foi um momento de pura conexão com a natureza, um lembrete das simples alegrias que viajar pode proporcionar.

Uma das partes mais inesperadas e maravilhosas da minha viagem foi a amizade que formei com um dos meus seguidores nas redes sociais enquanto eu estava no Vietnã. Ele entrou em contato comigo e me convidou a ficar com ele por alguns dias já que estava na região.

No primeiro momento hesitei, mas decidi aceitar o convite. No final das contas, acabou sendo uma das melhores decisões que tomei nessa viagem. Passamos um tempo explorando a cidade juntos, compartilhando histórias e construindo um vínculo que se transformou em uma amizade duradoura. Hoje, Jairo Lins é um dos melhores amigos que o "mundão" já me presenteou.

À medida que eu sigo viajando pelo mundo, as memórias do Vietnã sempre ocuparão um lugar especial em meu coração. Justamente porque levar lembranças dos lugares em que passamos é ótimo, mas é ainda muito melhor levar pessoas que nós conhecemos e com as quais nos identificamos em determinado local.

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Até porque recordar é viver, mas não podemos confundir isso com ver fotos de instantes bons. Sentar junto a uma pessoa querida a fim de relembrar cada momento vivido junto é o que temos de valor após uma trajetória. E isso é reviver.

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