Com trabalho totalmente à distância, novo CEO da Starbucks pode criar tendência entre líderes

Milhões de funcionários e executivos desgastados estão aproveitando o verão do hemisfério norte para ir a praias e pontos turísticos. Mas para o futuro CEO da Starbucks, Brian Niccol, uma visita à praia pode estar ao alcance o ano todo.

A nomeação de Niccol, anunciada esta semana, veio com um benefício incomum. Em vez de se mudar para a sede da Starbucks em Seattle, o novo chefe convenceu a empresa a estabelecer um "pequeno escritório remoto" em Newport Beach, Califórnia.

O arranjo é uma mudança em relação ao de seu antecessor destituído, Laxman Narasimhan, cuja busca por entender a fundo a Starbucks incluiu quatro semanas de trabalho na linha de frente das cafeterias para obter uma certificação de barista.

O plano de Niccol de ter uma base em Newport Beach, Califórnia —para onde ele também mudou a sede de seu emprego anterior, no Chipotle Mexican Grill— dividiu opiniões.

"Não é sábio e dá um péssimo exemplo", disse Samuel Johar, presidente da empresa de consultoria de conselhos Buchanan Harvey.

"Isso parece um peso e duas medidas", argumentou, acrescentando que, dada a extensão dos desafios enfrentados pela Starbucks, o arranjo remoto parecia "um pouco complacente".

Os funcionários da Starbucks em Seattle devem comparecer ao escritório três vezes por semana. Muitos empregadores estão tentando aumentar a taxa de comparecimento em busca de maior coesão e produtividade.

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"Boa sorte tentando fazer com que mais alguém venha ao escritório se seu CEO não precisar fazer isso", disse Peter Cappelli, professor de administração na Escola Wharton.

É "difícil mudar a cultura organizacional" remotamente, mas isso seria parte do objetivo de Niccol na Starbucks, observou Cappelli.

O arranjo de Niccol pode sinalizar que benefícios de estilo de vida estão se tornando mais importantes para atrair executivos de alto nível, assim como têm sido para os funcionários comuns.

No entanto, outros especialistas concordam que ter um chefe trabalhando remotamente enquanto os funcionários estão na sede da empresa pode desmotivar equipes e limitar a eficácia do líder.

"A liderança muitas vezes envolve muitas interações ambientes, como networking, observação e formas de comunicação não verbal. A presença física pode ser uma parte importante disso", disse André Spicer, decano executivo da Escola de Negócios Bayes e professor de comportamento organizacional.

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