CNU teve mais de 50% de abstenção, diz ministra

A ministra Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) afirmou neste domingo (18) que houve quase 1 milhão de pessoas realizando o CNU (Concurso Nacional Unificado). Isso representa menos da metade de pessoas realizando a prova, tendo em vista que foram 2,1 milhões de inscritos.

Apesar da abstenção de 52,53%, a ministra defendeu o sucesso do CNU e disse que era esperado esse quantitativo de presenças. "Na nossa visão surpreende positivamente dado a envergadura [do concurso], a quantidade de municípios", afirmou.

A declaração foi dada em coletiva de imprensa após o encerramento do exame conhecido como Enem dos Concursos.

Durante a coletiva, Esther afirmou que o índice de abstenção já era previsto, considerando o histórico de concursos públicos. Ela citou como exemplo o concurso do Banco do Brasil, que registrou uma abstenção de 62%.

"O que era esperada é que seria uma abstenção em torno de 40% a 50% dado o histórico de concurso. Isso é até uma coisa curiosa, as pessoas se inscrevem, pagam a taxa de concurso e acabam não indo realizar a prova porque acham que não estão preparadas o suficiente, mudaram de perspectiva", disse.

"O que nos surpreenderia era se fosse um número muito acima de 50%, o que não é o caso. Tem uma média em torno de 44% em concursos pequenos, tinha experiência do Banco Central, de 62%, e tinham concursos grandes, em torno de 50%. É uma questão da lógica das pessoas que se inscrevem para fazer concurso público e os motivos são os mais variados possíveis.".

Ela acrescentou que a menor abstenção ocorreu no Distrito Federal e a maior no Ceará. A maioria também está entre candidatos de nível médio. No entanto, não divulgou os percentuais.

A ministra destacou que o CNU deste ano transcorreu com pouquíssimas intercorrências. Segundo ela, apenas 0,2% dos locais de prova enfrentaram algum tipo de problema, como a falta de energia no Rio de Janeiro.

Esther disse ainda que 0,05% dos candidatos foram desclassificados por violar as regras do edital, o que corresponde a cerca de 500 pessoas. Entre os motivos de desclassificação está a saída com a prova sem autorização.

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos registrou ainda que alguns candidatos se recusaram a devolver o caderno de provas ao final do exame na parte da manhã. Segundo o órgão, esses candidatos serão eliminados do processo seletivo.

Durante a realização das provas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros ministros de uma visita à "sala de situação" do Dataprev em Brasília, que monitora a aplicação do exame.

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O presidente não respondeu perguntas dos jornalistas, mas fez uma declaração parabenizando a organização do exame. Lula ressaltou como um dos pontos positivos do CNU a possibilidade de aumentar a representatividade de outros grupos na administração pública federal.

"As inscrições foram extraordinárias, a participação foi extraordinária, a diversidade vai ser excepcional, o resultado, eu espero que seja extraordinário, que a gente tenha muita gente para mostrar a diversidade brasileira", afirmou o presidente.

O presidente também celebrou o fato de não ter havido nenhum tipo de vazamento das provas, o que ele considerou uma "demonstração extraordinária que não apenas o governo, mas a sociedade brasileira está preparada para tratar com seriedade um concurso".

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