Maiara e Maraísa celebram Marília Mendonça e cantam sofrência etílica em Barretos

Maiara e Maraísa cantaram sobre romances que deram errado embalados a álcool na madrugada deste sábado (17), em Barretos, no interior de São Paulo. As irmãs se apresentaram depois de Simone Mendes e Bruno & Marrone na Festa do Peão de Barretos.

A dupla subiu ao palco já depois das 3h30, e encontrou uma plateia que estava, ela própria, bastante embriagada. Não é de hoje a ligação entre música sertaneja e o consumo de álcool, em especial a cerveja —uma marca da bebida é a principal patrocinadora do evento—, e num festival da dimensão do de Barretos essa relação fica ainda mais intensa.

"Vou tomar uma grande hoje! Temos vários títulos, de dupla feminina, de mulheres empoderadas, mas o melhor é o de maiores bebaças", disse Maraísa, antes de a dupla puxar a sequência "Bebaça", esta de Marilia Mendonça, e "Aí Eu Bebo", duas canções que retratam histórias de bebedeiras.

Parceiras de Mendonça no projeto Patroas, as irmãs são determinantes no feminejo, iniciativa de mulheres cantando sobre relacionamentos do ponto de vista feminino no sertanejo. Em curso há cerca dez anos, esse movimento chacoalhou e transformou o gênero musical mais ouvido no Brasil.

É nessa pegada a maior parte do repertório das irmãs, incluindo parcerias com Mendonça, como os sucessos "Esqueça-me Se For Capaz" e "Presepada", que abriram o show, e "Todo Mundo Menos Você", cantada em coro pelo público de cerca de 50 mil pessoas. Nesta última, Maiara —esta, segurando o choro— e Maraísa homenagearam a amiga, morta em 2023 após um acidente de avião.

Passa também por "A Culpa é Nossa", que chama o parceiro de "bosta" por ele querer dividir a culpa pelo fim do namoro depois de mentir e trair, "Narcisista", que é um diálogo direto com um homem falso, que tem várias personalidades, e "Libera Ela", sobre um cara que prende em um relacionamento uma mulher mesmo sem amá-la.

No palco, as irmãs têm um entrosamento vocal invejável —elas se complementam harmonicamente, seja cantando juntas ou revezando versos. Diferente de muitas duplas sertanejas em que o backing vocal fica quase inaudível, uma não fica subjugada à outra, e quase sempre é possível ouvir as duas cantoras em ação.

É algo que ficou evidente quando Maiara lembrou que, no disco da dupla de dez anos atrás, a música mais bem-sucedida não tinha a voz dela —só a da irmã. Em Barretos, Maraísa segurou sozinha "Medo Bobo", um dos maiores sucessos da dupla, com muita desenvoltura no canto, emendando depois "Nem Tchum", esta ao piano.

O que você está lendo é [Maiara e Maraísa celebram Marília Mendonça e cantam sofrência etílica em Barretos].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...