Presidente da Petrobras diz que medida avaliada pelo governo para elevar oferta de gás é delicada

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, classificou como delicada a possibilidade de reduzir o gás natural utilizado para extração de petróleo, uma das principais medidas do governo Lula (PT) para tentar aumentar a oferta do insumo para o mercado.

Segundo ela, plataformas construídas no governo de Jair Bolsonaro (PL) não estão aptas a realizar tal adaptação.

A medida do governo federal amplia o poder da ANP (Agência Nacional do Petróleo e Gás) sobre o mercado e possibilita que o órgão estabeleça um máximo de gás que é reinjetado nos poços de petróleo.

A reinjeção é uma técnica na qual o insumo é introduzido nos poços profundos de em alto-mar, o que otimiza a extração do óleo, mas inutiliza o gás.

O objetivo de reduzir a reinjeção é fazer com que o gás seja exportado para o continente e disponibilizado para consumo, para baratear seu preço.

O tema foi um dos embates entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Chambriard elogiou as medidas do governo que pretendem aumentar a quantidade de gás disponível para o consumidor, mas afirmou que muitas das plataformas da Petrobras não tem a possibilidade de fazer a conversão da reinjeção do gás para o transporte dele ao continente.

"É uma questão que é delicada. Algumas das plataformas da Petrobras foram desenhadas no governo passado sem possibilidade de exportação de gás para a costa", afirmou nesta quarta-feira (28). "Acho isso lastimável."

Chambriard elogiou o fato do decreto do governo prever que a redução da reinjeção só pode acontecer quando houver viabilidade técnica e econômica —uma mudança feita no texto, após pressão do setor, que reclamou da possibilidade de interferência indevida da ANP no mercado caso este dispositivo não fosse acrescentado à redação.

A presidente da Petrobras disse ainda que as novas plataformas da empresa devem contemplar essa possibilidade de conversão.

"Nós vamos ter que fazer isso nas novas plataformas. Nas que já estão lá e nas que já estão sendo entregues, isso não vai ser possível", afirmou.

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