Ramagem guardava arquivos pró-golpe e sobre procuradores críticos a Bolsonaro, aponta PF

A Polícia Federal encontrou de posse de Alexandre Ramagem (PL-RJ) arquivos em que o ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) fazia pregações contra a lisura do processo eleitoral brasileiro e favoráveis a rupturas, além de um dossiê de procuradores da República que seriam contrários ao governo Jair Bolsonaro (PL) e familiares.

Na avaliação de investigadores, o material colhido nas buscas e apreensão realizadas reforça a suspeita de uso do órgão para a propagação de fake news e questionamento do resultado das eleições de 2022 por parte do ex-presidente.

A PF apura a existência de uma "Abin paralela" no governo Bolsonaro para espionar adversários, propagar notícias falsas e auxiliar na tentativa de golpe de Estado.

Os investigadores pediram neste mês o compartilhamento das provas da apuração sobre a "Abin paralela" com os inquéritos das fake news e da tentativa de golpe. A chamada Operação Última Milha teve mais uma fase deflagrada há três semanas.

A corporação achou emails produzidos por Ramagem que serviriam para subsidiar Bolsonaro de informações para contestar as urnas eletrônicas, como revelou o jornal O Globo. A informação foi confirmada pela 💥️Folha. Essas mensagens foram produzidas antes do período eleitoral.

Os ataques do ex-mandatário ao sistema eleitoral eram parte da estratégia central de campanha de Bolsonaro. A PF questionou Ramagem no depoimento prestado por ele no último dia 17, mas o ex-diretor-geral da Abin afirmou que não se recordava se os textos foram enviados ao ex-presidente.

Em resposta que repetiu várias vezes no depoimento, ele afirmou que escrevia textos de fontes abertas sobre temas de possível interesse do presidente, mas que isso não queria dizer, necessariamente, que eles tenham sido entregues.

Em um dos textos encontrados pela PF, há orientação para reforçar politicamente a "vulnerabilidade" das urnas eletrônicas pela certeza de Ramagem de que houve "fraude" nas eleições de 2018.

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