Arte de J. Borges se equipara à grandeza da música de Luiz Gonzaga

J. Borges, o maior xilogravurista brasileiro, poeta e cordelista, morreu em sua cidade natal, Bezerros, em Pernambuco, nesta sexta-feira, aos 88 anos. O Brasil se despede de um artista grandioso que encantou milhares de pessoas e que aprofundou a visão de todo o país sobre o Nordeste e a vida sertaneja —seus pássaros, sua beleza, suas cores e geografia, a perspicácia de seu povo, seus dramas e universo fantástico.

Tratou dos mais diversos temas: amor, morte, mistérios e fantasias. De fazer o povo rir, de safadezas, de falta de honestidade na política, dor de corno, profecias como fim de mundo, fim de século, fome, peste, guerras. Com Luiz Gonzaga, talvez tenha sido o mais importante narrador contemporâneo da realidade nordestina.

O artista construiu sua vida a partir de intensa observação do vivido e sem desviar da realidade, por mais brutal que fosse. Nascido na zona rural, viveu os dramas de muitas famílias, trabalhando desde criança na lavoura. Estudou apenas um ano, quando aprendeu a ler e escrever. Teve uma longa vida de trabalho, que só terminou com ele. Dias antes de sua morte, tinha iniciado uma xilogravura.

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