Safra de soja e de milho dos Estados Unidos entra em mês decisivo

Por ora, tudo bem com a safra americana de soja e de milho. O mês de julho está sendo mais frio do que o normal no Meio-Oeste, principal cinturão de produção dos Estados Unidos, o que garante uma evolução melhor das plantas.

Agosto, no entanto, é o mês que define melhor a produtividade e permite uma previsão de produção mais confiável. As estimativas atuais do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) levam em consideração a área estimada em final de junho e a linha de tendência de produtividade dos últimos anos, segundo Daniele Siqueira, analista da AgRural.

Com base nesses dados, o órgão americano prevê uma safra de soja de 2024/25 com produtividade de 58,3 sacas por hectare, atingindo 120,7 milhões de toneladas.

Já a produção de milho, que atingiu o recorde de 390 milhões de toneladas no ano passado, fica em 384 milhões neste.

A safra transcorre em clima neutro, sem La Niña e no fim do El Niño. O clima de julho é bom porque o milho está polinizando, e a soja está no período de floração, diz a analista. Um aumento da temperatura em agosto seria mais prejudicial à soja do que ao milho.

A safra americana vai bem, mas é do Brasil que a China continua comprando. Não só o soja da safra atual, mas também o da próxima, a ser colhida em 2025.

Os preços atuais em Chicago são menores do que os de há um mês. No dia 18, o contrato para novembro recuou para US$ 10,31 por bushel (27,2 kg), o menor valor para os contratos deste mês desde dezembro de 2023.

No Brasil, ocorre o contrário. A saca saiu de R$ 119, há 30 dias, para R$ 122 nesta quarta-feira (24), em Sorriso (MT).

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Demanda, prêmios no porto e câmbio permitem essa elevação, garantindo exportações aceleradas. A dúvida é como ficará o quadro de oferta e demanda no final de ano, uma vez que há uma diversidade de informações sobre a produção, segundo Daniele.

Os preços do milho reagiram em Chicago na última semana, mas, mesmo com a alta, voltaram ao patamar de há um mês. Apesar da safra menor, os americanos têm muito estoque do cereal.

Graças a esse volume, os Estados Unidos ocupam o lugar do Brasil no mercado externo. Além de mais produto por lá, houve retração na safra do Brasil.

Os brasileiros têm, ainda, a concorrência dos argentinos, que voltaram a um patamar normal de produção, e a dos ucranianos, que estão exportando mais.

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