Voa Brasil começa com 3 milhões de passagens para aposentados, abaixo da meta inicial; veja as regras

O Ministério de Portos e Aeroportos lançou nesta quarta-feira (24) a primeira fase do programa Voa Brasil, que oferece passagens de até R$ 200 para aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que não tenham viajado nos últimos 12 meses.

O pontapé oficial do programa foi dado após uma série de adiamentos e com uma disponibilidade de 3 milhões de bilhetes aéreos —abaixo dos números mais ambiciosos que o governo almejava alcançar, entre 4 milhões e 5 milhões de passagens.

Para pesquisar as opções, o aposentado precisa acessar o site https://voabrasil.sistema.gov.br/login e entrar com seu cadastro Gov.br. É preciso ter cadastro com nível prata ou ouro.

O valor de R$ 200 por trecho não inclui a taxa de embarque. As passagens adquiridas pelo Voa Brasil dão direito a uma bagagem de mão (de até 10 kg) e uma bolsa ou mochila pequena.

O programa pretende criar uma nova demanda para assentos que costumam ficar ociosos, ou seja, não são comercializados pelas companhias diante da baixa procura. Segundo o governo, essa ociosidade fica em torno de 20%.

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A premissa é oferecer parte desses assentos a um público que não viajou de avião nos últimos 12 meses. Nesta primeira frase, estão aptos a adquirir bilhetes por meio do programa 23,3 milhões de aposentados do INSS.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o número de passagens ofertadas na primeira fase não significa uma frustração no alcance do programa.

"Se daqui dois, três meses, esses 3 milhões já estiverem vendidos, automaticamente as companhias aéreas vão disponibilizando mais passagens", disse o ministro. Em seguida, ele reconheceu que novos lotes de bilhetes dependerão da disposição das companhias aéreas em disponibilizá-los.

"Mas é um trabalho conjunto, coletivo. É um trabalho de parceria. O que interessa às companhias aéreas é também ter mais brasileiros viajando pelo Brasil. A gente não poderia chegar agora e disponibilizar às aéreas 10, 15 milhões, se não tivesse pelo menos vendido 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões. Então, isso vai ser de maneira gradativa", afirmou Costa Filho.

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Apesar da promessa inicial de oferta de passagens mais baratas, o programa não tem subsídio do governo federal. Assim, eventuais descontos e promoções dependerão das empresas aéreas, que já ofertam passagens na faixa de valor prevista para o programa. Elas manterão a liberdade comercial para definirem suas tarifas.

Questionado diversas vezes sobre o tema, o ministro desconversou sobre a concessão ou não de descontos por parte das aéreas. Sem garantir passagens mais baratas, a plataforma do Voa Brasil pode apenas reunir bilhetes que já custam até R$ 200.

Costa Filho ressaltou, porém, que as passagens disponibilizadas pelas companhias ficarão reservadas para o programa.

O CEO da Azul, John Rodgerson, o diretor-presidente da Gol, Celso Ferrer, o CEO da Voepass, Eduardo Busch, e a diretora de Vendas e Marketing da Latam Airlines Brasil, Aline Mafra, participaram da cerimônia de lançamento do programa, mas não participaram da entrevista coletiva após o evento.

O lançamento também contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e outras autoridades do governo.

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Durante a cerimônia, o CEO da Azul brincou com o valor fixado como teto para os bilhetes no programa. "Eles chamaram o gringo aqui porque o gringo achava que era US$ 200 e não R$ 200. Acho que fui bem enganado aqui, mas nós estamos bem animados por este programa, porque vai incluir muito mais pessoas voando aqui no Brasil", disse Rodgerson, aos risos.

O executivo também contou à plateia que o ministro faz cobranças frequentes em relação ao preço das passagens —cuja alta foi um fator de incômodo no governo Lula.

"O ministro Silvio não aceita não. Ele liga, briga, todo santo dia. Se o preço sobe, ele liga. Se há alguma coisa, ele grita. Mas também, ele ouve e ele sabe que nós podemos trabalhar juntos", disse.

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