Kamala contrapõe carreira como procuradora com ficha criminal de Trump em comício

Em seu primeiro comício de campanha como pré-candidata à Presidência, Kamala Harris deixou mais clara sua estratégia de campanha contra Donald Trump: contrapor sua carreira como procuradora à ficha criminal do republicano.

"Ao longo da minha carreira, lidei com criminosos de todos os tipos. Predadores que abusaram de mulheres, fraudadores que roubaram consumidores, trapaceiros que quebraram as regras para seu próprio benefício. Então me ouçam quando eu digo: eu conheço o tipo de Donald Trump", disse, repetindo o mesmo discurso feito ao escritório sede da campanha, na véspera.

Em seguida, ela listou algumas das condenações na Justiça do empresário, como o processo no qual ele foi obrigado a indenizar a jornalista E. Jean Carroll, que o acusa de estupro.

Kamala também acusou o republicano de ser apoiado por bilionários e grandes negócios, e relembrou que Trump teria prometido a grandes lobistas do setor de petróleo que os defenderia em troca de US$ 1 bilhão para sua campanha.

O discurso foi curto, mas, mais uma vez, enérgico. A diferença para o clima dos eventos de campanha de Joe Biden é uma das características positivas que vem sendo destacada nas aparições de Kamala até agora.

O pontapé na campanha acontece no mesmo dia em que uma pesquisa Ipsos/Reuters mostrou a democrata numericamente à frente de Trump, com 44% das intenções de voto, contra 42% do republicano. Considerando a margem de erro de três pontos, porém, os dois estão tecnicamente empatados.

No cenário no qual o independente Robert F. Kennedy Jr. é incluído como uma opção, a vantagem de Kamala sobre Trump aumenta para 42% a 38%, fora, portanto, da margem de erro.

A pesquisa foi feita na segunda e terça com 1.241 pessoas, após o anúncio de desistência de Biden. Um levantamento anterior, realizado nos dias 15 e 16 de julho, mostrava os dois numericamente empatados com 44%.

No comício, seguindo uma estratégia que já vinha sendo adotada pelo presidente, a vice defendeu que seu governo será uma "luta pelo futuro e pela liberdade", enquanto o projeto de Trump seria levar o país de volta ao passado.

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Kamala citou algumas de suas prioridades, se eleita: promulgar uma lei garantindo o direito ao aborto (o que depende de aprovação do Congresso), tornar mais rígida a legislação para acesso a armas de fogo e banir a comercialização de armas semelhantes às usadas por militares, ampliação de direitos trabalhistas e cuidados à infância.

"Reconstruir a classe média vai ser um objetivo definidor da minha Presidência. Quando a nossa classe média é forte, os EUA são fortes", afirmou.

Kamala também celebrou ter alcançado o apoio de delegados do Partido Democrata suficientes para garantir a nomeação democrata. A informação foi confirmada na segunda (22) por membros da campanha ouvidos pela agência Reuters. "Estou muito honrada e vou passar as próximas semanas unindo o nosso partido", disse ela no comício.

Como fez na segunda, em sua primeira aparição pública, Kamala defendeu o legado de Biden e repetiu que o presidente já fez mais do que muitos mandatários que serviram por oito anos.

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