Quase todo mercado cripto venceria em um segundo governo Trump

Os mineradores de Bitcoin e as empresas de cripto que foram impedidos de abrir capital nos Estados Unidos podem acabar sendo os maiores vencedores no mercado da tecnologia sob um segundo mandato de Donald Trump. Empresas estrangeiras em risco de perder participação de mercado podem acabar sendo as maiores perdedoras.

Essa é a visão que está se consolidando entre os participantes do mercado e observadores à medida que o ex-presidente abraça cada vez mais as criptomoedas, enquanto as chances de sua reeleição aumentam. Uma pesquisa divulgada na quinta-feira (18) pela CBS News mostrou Trump com a maioria —52%— dos eleitores prováveis em sua provável revanche de novembro com o presidente Joe Biden.

"Quase todos nos EUA seriam vencedores se estiverem dispostos a operar de acordo com as novas regras quando implementadas", disse Christian Catalini, fundador do MIT Cryptoeconomics Lab.

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MINERADORAS DE BITCOIN

Além do salto de quase 10% no preço do Bitcoin desde a fraca performance de Biden no debate em junho e da tentativa de assassinato fracassada contra o candidato republicano, a maior reação do mercado tem sido nas ações das empresas que validam transações na blockchain da criptomoeda —mais conhecidas como mineradoras.

Em junho, Trump se reuniu com mineradoras de Bitcoin e em uma postagem subsequente na rede social que fundou, a Truth Social, disse que a mineração de Bitcoin pode ser "nossa última linha de defesa contra um CBDC", referindo-se a uma moeda digital de banco central. Ele acrescentou que quer que todo o Bitcoin restante seja "feito nos EUA!"

As ações da Marathon Digital e da Riot Platforms, duas das maiores empresas de capital aberto, subiram cerca de 30% nesse período. A Cipher Mining subiu quase 50%, com a empresa explorando uma possível venda após receber interesse de aquisição, disseram pessoas familiarizadas com o assunto anteriormente.

CANDIDATOS A OFERTA PÚBLICA

Em algo que provavelmente era impensável após o colapso dos mercados de cripto em 2022, empresas do setor estão novamente fazendo planos para ofertas públicas iniciais. A Circle, emissora de cerca de US$ 33 bilhões (R$ 183 bilhoes) da stablecoin (criptomoeda com base em um ativo real) USDC (nesse caso, dólares), entrou com um pedido de IPO em janeiro após desistir de uma tentativa anterior de abrir capital há mais de um ano.

A Northern Data, que passou de mineradora de cripto para provedora de computação de inteligência artificial, está considerando uma listagem nos Estados com uma avaliação de até US$ 16 bilhões (R$ 88,6 bilhões), e a Kraken, a segunda maior exchange de cripto dos EUA, também está se preparando para um IPO.

As negociações de ativos digitais têm sido um dos principais obstáculos para que essas empresas obtenham aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. A agência lista vários tokens como títulos não registrados e seu presidente, Gary Gensler, tem sido criticado por figuras proeminentes do mundo das criptomoedas, como o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, pelas repressões e processos contra empresas de cripto sob sua liderança. Trump é visto como provável a nomear um presidente da SEC mais amigável às criptomoedas.

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