Mariana Mazzucato diz que governos têm dependência excessiva de consultorias

Vencedor das eleições no Reino Unido, o Partido Trabalhista do novo primeiro-ministro britânico Keir Starmer apresentou um modelo diferente de plano de governo em seu manifesto: ao invés de uma batelada de promessas divididas por área, "missões", grandes objetivos que envolvem vários setores e organizam a gestão em torno de sua execução.

O conceito de governo "liderado por missões", que influenciou o Labour, foi popularizado pela economista Mariana Mazzucato em seu livro de 2023, "Missão Economia: um Guia Inovador para Mudar o Capitalismo".

Mazzucato está de volta e sua nova "missão", em parceria com Rosie Collington, é apresentada no livro "A Grande Falácia", que questiona o papel cada vez mais central de consultorias no funcionamento do setor público —cuja dependência excessiva, alegam, debilita governos, deixa-os reféns de interesses não declarados e ameaça a própria democracia.

As consultorias atuam de forma legal e são frequentemente contratadas por empresas ou governos para dar um verniz de autoridade que respalde mudanças de impacto, como cortes de gastos e reformas. Para Mazzucato e Collington, contudo, o que elas oferecem é um "truque de confiança".

O trabalho de um consultor é convencer clientes inseguros de que eles têm as respostas certas. E o livro passeia por diversos estudos de caso para argumentar que os resultados são muitas vezes pouco efetivos, e não raro, prejudiciais.

Dois casos pinçados pelas autoras se destacam: o desastroso início da ambiciosa reforma do sistema de saúde no governo de Barack Obama nos EUA, e o processo de recuperação pós-falência de Porto Rico.

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